Trechos da entrevista coletiva do governador Mário Covas após inauguração do Programa Disque-Denúnci
Parte I
Parte I Trabalho em conjunto com a prefeitura Pergunta: O senhor receberia a candidata Marta Suplicy, caso ela fosse eleita, já recebeu o Pitta , o Maluf, no seu gabinete. Daria para o senhor detalhar mais como é que seria esse trabalho em conjunto com a prefeitura? Covas: Depende. É uma porção de coisas na área comum. Aliás, a competência é concorrente da prefeitura e do estado. E podem se realizar de forma mais orgânica. Pergunta: Isso é específico para a saúde, educação.... Covas: A educação, você pode por exemplo fazer matrícula conjunta. Aliás, já está sendo feito nesse ano. Matrícula de aluno na escola pública estadual, e na escola pública municipal. Até mesmo uma série de coisas curriculares pode ser estudadas juntas. A saúde então nem se fale. Pergunta: E segurança, governador? Com a Guarda Civil Metropolitana? Covas: A segurança pode ter um trabalho articulado mais eficiente, sem ser essa discussão inócua de quem deve fazer o quê. Eu acho que quem for eleito, quiser ficar com a segurança municipal , pode ficar. Eu não faço nenhuma oposição não. Nenhuma. Rodoanel Pergunta: E o Rodoanel? O senhor acha que independente do próximo prefeito, o governo vai receber a verba da prefeitura, do Rodoanel. Vai dar para negociar isso a parte da prefeitura? Covas: Não sei. Outro dia vi um jornal dizendo..., aliás não foi nem um jornal, foi o Paulo Kobayashi que fez uma declaração de que nós temos... Nós não recebemos financiamentos do BNDES, nós estamos fazendo uma operação de fornecimento recebíveis do estado. Não é financiamento. Mas não é para pagar a parte do município, não. A parte do município, a gente está tirando do bolso. Porque a União que falta pagar é para ela completar os 25% dela. Pergunta: Mas o senhor volta a negociar com a prefeitura, independente do novo prefeito? O governo volta a negociar? Covas: Nós já temos um convênio assinado. Isso foi assinado numa solenidade, vocês estiveram presentes, lá no Palácio. Estava o presidente da República, estava o prefeito, onde ficou fixado em documento público que o Estado entraria com 50%, a prefeitura com 25% e a União com 25%. Bem, quem fala nisso, fala numa série de outras atividades. Não há nenhum inconveniente para fazer isso. Isso não vale só para o Estado e para o Município, vale para tudo. Nós temos muita dificuldade em trabalhar articulado. O consórcio, por exemplo, que é uma coisa que existe em vários estados, onde municípios se reúnem para fazer coisas em comum, é muito difícil de acontecer aqui em São Paulo. Aqui em São Paulo a gente tem uma tendência a cada um tentar resolver os seus problemas, portanto, multiplicar os problemas e as soluções maiores. Eu recebo desde que comecei o governo, a única reclamação que eu não vi até agora é que tenha discriminado qualquer prefeito, seja ele de que partido for. Afinal, os prefeitos chegam à prefeitura da mesma maneira que eu chego no governo do Estado, é pelo voto popular. Portanto, cometer alguma ofensa contra eles é desrespeitar o voto popular. Agora, isso não significa nem que o prefeito precisa se subordinar à minha maneira de ver as coisas, e nem eu próprio vou me subordinar a dele. Mas é perfeitamente possível se trabalhar em conjunto em uma série de coisas. Não há nenhuma adesão neste aspecto. Há interesses administrativos, e portanto, interesses da população que podem ser conduzidos em comum. Pergunta: O fato de ser a Marta não facilitaria o relacionamento? Covas: Não. O fato de ser o Maluf dificultaria o relacionamento. Mas ainda assim, ele foi prefeito comigo. Eu fui governador dois anos quando ele estava sendo nos dois últimos anos de governo. Em várias oportunidades a gente discutiu coisas. Em geral, coisas que tenham interesse para ele discutir. Sabesp Pergunta: Uma dívida como a da Sabesp de R$ 260 milhões.... Covas: A dívida da Sabesp? O município deve R$ 260 milhões. Pergunta: Poderia ser renegociada governador? Covas: Já foi renegociada várias vezes. Em qualquer instante que queiram renegociar para pagar, a gente renegocia. Resultado do Datafolha de hoje Pergunta: Como o senhor recebeu o resultado do Datafolha de hoje que estabeleceu .......a Marta parou de cair, o Maluf parou de subir? Covas: Eu não leio pesquisa. Vejam o salto que o Geraldinho deu na campanha. Vejam o que aconteceu na última para governador. Até uma semana antes da campanha eu estava atrás. Eleição é um fato que a gente decide 5 horas da tarde no dia da eleição. Aí vai abrir as urnas e ver o que tem dentro. Não dá para a gente começar a falar, ganhou, perdeu, melhorou, piorou. Só uma figura a ser conquistada durante o processo eleitoral que é o eleitor. Pergunta: Como o senhor avalia o nível da campanha neste segundo turno? Covas: Não é o que eu gostaria. Mas enfim se a gente não comanda, quem concorda com o Maluf tem que engolir essas c10/25/2000
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