Tuma apresentará ao Conselho de Ética requerimentos sobre representação contra Renan e denúncias contra Roriz
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou nesta quarta-feira (27), em entrevista à imprensa, que pretende apresentar ainda hoje dois requerimentos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O primeiro é para que a Polícia Federal faça uma relação de todos os documentos que alegou serem necessários para a conclusão da perícia contábil nas contas do presidente do Senado, Renan Calheiros. O segundo, para que o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, envie a ele toda a documentação com relação à escuta telefônica em que o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) discute a suposta partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília, Tarcísio Franklin de Moura, preso na Operação Aquarela por desvio de recursos do banco.
Renan está sendo investigado pelo Conselho de Ética por suposta quebra de decoro parlamentar. A investigação deve-se a uma representação do PSOL, que se baseou numa matéria da Veja. Segundo a revista, parte das despesas pessoais do presidente do Senado era paga por um funcionário da construtora Mendes Júnior.
Com relação ao senador Roriz, ex-governador do Distrito Federal, Tuma disse ainda que é preciso ouvir o presidente do conselho de administração da Gol, Nenê Constantino, que teria dado o cheque a Roriz, e o próprio Tarcísio Franklin, que discutiu, com o senador, a partilha do dinheiro, além de um representante da empresa de segurança que teria transportado o dinheiro.
Para Tuma, é preciso investigar antes de afirmar que Roriz quebrou o decoro parlamentar, mas, de qualquer forma, na avaliação do corregedor, já há indícios que configuram quebra de decoro parlamentar que justificam o início da investigação pelo Conselho de Ética.
- O parlamentar tem que ter ética, disciplina e moral que não permitam que traia a população que votou nele - afirmou Tuma, em entrevista à imprensa.
27/06/2007
Agência Senado
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