Tuma diz que acusações não impedem sua permanência na Corregedoria
Matéria retificada às 21h36
O senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse que não vai sair da Corregedoria do Senado em razão das denúncias feitas pelo ex-diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, de que ele teria se beneficiado de operações irregulares comandadas pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia. As denúncias foram publicadas pela revista Época desta semana.
Tuma disse estar pronto a prestar qualquer esclarecimento e agradeceu a vários senadores que lhe manifestaram o seu apoio.
O parlamentar garantiu que não vai interferir na atuação do Ministério Público, a quem o presidente do Senado, José Sarney, solicitou a designação de um procurador para apurar denúncias de irregularidades em contratos de empréstimo consignado a servidores da instituição.
- A apuração é correta, tem que se apurar. Em tese, houve prática de crime. Está sendo apurado - disse Tuma, referindo-se à denúncia de que Zoghbi teria criado empresas-laranjas para assessorar os bancos que atuam no Senado, tendo uma ex-babá como acionista majoritária.
Já em relação às denúncias feitas pelo ex-diretor de Recursos Humanos contra Agaciel Maia, senadores e organismos da Casa, Tuma reiterou:
- É questão da 1ª Secretaria. Não me dou por suspeito, não estou interferindo na investigação - afirmou.
Em aparte, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) considerou "grave e inaceitável" a criação de empresas-fantasmas para o recebimento de dinheiro dos bancos que atuavam na concessão dos empréstimos. O senador também parabenizou a Mesa por pedir a participação do Ministério Público na apuração do episódio.
- Isso mostra que o Senado quer rigor na apuração. O inquérito tem que ter o acompanhamento do MP para que haja transparência e rigor na apuração, com punição exemplar. A presença do procurador indicado dá transparência ao processo - disse.
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) ressaltou a Mesa do Senado vem tomando as providências necessárias para a apuração das denúncias e que cabe ao Ministério Público não só investigar, mas também denunciar possíveis atos lesivos ao Erário.
05/05/2009
Agência Senado
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