Tuma diz que investigação da Corregedoria sobre Gim Argello está encerrada



O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), informou, no início da noite desta quarta-feira (22), que a investigação das denúncias contra o senador Gim Argello (PTB-DF) está encerrada. O motivo é a decisão da Mesa de não acolher a representação encaminhada contra o senador petebista pelo PSOL.

- Não há mais o que fazer - disse o corregedor, que observou a disposição do Ministério Público de prosseguir investigando as acusações contra o senador levantadas pela Operação Aquarela a cargo do próprio Ministério Público e da Polícia Civil do Distrito Federal.

- O Ministério Público só examinou 20 por cento da documentação sobre o caso. - disse Tuma.

O corregedor do Senado passou parte da tarde em visita ao procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, e ao juiz Roberval Casemiro Belinatti, titular da 1ª Vara Criminal de Brasília. Foi agradecer aos dois a confiança no trabalho da Corregedoria ao enviarem documentos sobre a Operação Aquarela.

Pela manhã, o senador paulista anunciou que iria apresentar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar um relatório relativo às investigações que conduziu sobre as denúncias de quebra de decoro parlamentar por parte do senador Gim Argello (PTB-DF). Mesmo com a decisão da Mesa do Senado de arquivar a representação do PSOL que solicitava investigar o senador pelo Distrito Federal, Tuma explicou que colhera material significativo do Ministério Público e, portanto, iria elaborar o relatório para dar ciência ao conselho do teor da investigação que está sendo conduzida pela instituição.

- Recebi muito material do Ministério Público, alguns sob sigilo de Justiça. Hoje vou conversar com os responsáveis pelo caso e saber deles, inclusive, o que eles me autorizam a quebrar [o sigilo] para fazer o relatório a ser encaminhado ao Conselho de Ética - explicou Tuma, em entrevista à imprensa.

Tuma lamentou a decisão da Mesa. Na opinião dele, as pessoas devemresponder por suas condutas éticas durante toda a vida pública e não apenas quando tomam posse em um cargo eletivo.

- Você fica constrangido em não poder dar continuidade às investigações, inclusive em benefício do próprio acusado, que teria a chance de se defender e provar a sua inocência - afirmou.

Em nota divulgada à tarde por sua assessoria, o senador pelo DF disse que a afirmação de Tuma sobre o arquivamento da representação "é um reconhecimento de que o caso foi encerrado no Senado".Segundo a nota, Gim Argello "vai se dedicar inteiramente ao trabalho em defesa dos interesses da população brasileira, e em especial de Brasília ".

Nelson Oliveira e Valéria Castanho / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



22/08/2007

Agência Senado


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