UERGS deverá conciliar ensino tecnológico e tradição humanista
O vice-presidente da Comissão de Educação, Edson Portilho (PT), afirmou, durante o grande expediente da Assembléia nesta terça-feira, dia 20 de março, que o principal desafio da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul será conciliar o modelo de universidade tecnológica com a tradição humanista. “Não se trata de formar indivíduos tão especializados quanto a-críticos, mas seres humanos capazes de incorporar ao seu exercício profissional o imperativo ético e o conceito de cidadania”, salientou.
Segundo o parlamentar, a proposta do Executivo está intimamente relacionada ao projeto de desenvolvimento em curso no Rio Grande do Sul, cujo principal vetor é a valorização da matriz produtiva local. “A nova instituição será peça fundamental na alavancagem do desenvolvimento regional, reduzindo as desigualdades e potencializando os sistemas locais de produção”, anunciou.
O petista frisou que o projeto do Executivo instituindo a Universidade Estadual resgata uma bandeira de lutas do movimento popular, cumpre um compromisso de campanha e aprofunda a implantação do programa de governo eleito nas urnas. “Com todo o esforço, em meio a uma das maiores crises financeiras de nosso Estado, estamos fazendo a nossa parte para democratizar o acesso ao ensino superior em nosso estado. Sabemos muito bem que a nova instituição não irá suprir toda a demanda reprimida por anos de desfinanciamento do ensino superior e nem é este o seu propósito”, ponderou.
Portilho fez um apelo aos partidos de oposição para que busquem, junto ao governo federal, mais recursos para o ensino superior. Para o petista, o sucateamento das universidades federais do Rio Grande do Sul e a redução dos recursos do crédito educativo federal para o nosso Estado não é uma questão de falta de alinhamento político. “Pelo contrário, a esmagadora maioria dos integrantes do Legislativo é parceira do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso na consecução de seu projeto político.
Esperamos, no entanto, que não se trate de falta de vontade política ou falta de força política dos representantes gaúchos na esfera federal para alterar o cenário que impera nas universidades federais e garantir o acesso dos milhares de estudantes gaúchos alijados do ensino superior por falta de oportunidades”, concluiu.
03/20/2001
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