UnB forma engenheiros para desenvolver foguetes espaciais
A Universidade de Brasília (UnB) será responsável pela formação do futuro corpo de engenheiros da empresa binacional Alcântra Cyclone Space (ACS), fruto da parceria Brasil-Ucrânia para o desenvolvimento de foguetes espaciais. Dez alunos do mestrado de Engenharia Mecânica serão selecionados para a especialização aeroespacial, voltada para as atividades da empresa. “Vamos procurar alunos com perfil aeroespacial”, diz o professor Carlos Alberto Gurgel, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB. A próxima seleção do mestrado é em março.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou a concessão de bolsas de estudo e de R$ 324 mil para o programa. Os alunos vão passar seis dos 18 meses do mestrado na Ucrânia. “É uma espécie de mestrado sanduíche e contou com o apoio do CNPq que julgou importante a formação desses engenheiros”, explica Gurgel.
Na UnB, os alunos cursarão disciplinas das Ciências Mecânicas e da Engenharia de Sistemas Eletrônicos e de Automação. Além disso, serão coorientados por cientistas ucranianos. Durante a estadia lá, terão contato com três grandes instituições da área aeroespacial.
Gurgel conta que a relação entre a UnB e a Ucrânia contribuiu para que o comitê aeroespacial da ACS procurasse a universidade para gerir o curso. “Nós somos a única universidade brasileira que tem acordo com o país. Além disso, somos uma das melhores universidades na área”, afirma. “A aprovação desse programa trará benefícios incalculáveis para a engenharia brasileira”, comemora o professor.
O diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, professor Glaucius Oliva, destaca a relevância do programa: “A área aeroespacial é estratégica para o Brasil, e há grande carência de especialistas necessários ao crescimento das atividades comerciais esperadas para o futuro”.
Centro Aeroespacial
A Universidade de Brasília pretende montar um Centro Aeroespacial para abrigar cerca de 100 cientistas, no campus UnB Gama. O objetivo do centro é focar em nichos que ainda não são explorados no Brasil. “A propulsão híbrida, propulsão elétrica e desenvolvimento de motores de mísseis são exemplos. Se trabalharmos com o que já estão estudando será um desperdício de dinheiro e tempo”, explica Gurgel.
A ideia de montar um centro em Brasília surgiu com presença de duas entidades da área com sede na cidade, a ACS e a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Fonte:
CNPq
14/01/2011 12:33
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