Unesp: Estudo em Aqüicultura recebe prêmio internacional



Pesquisa pode trazer ganhos no transporte de peixes vivos

O doutorando Fabiano Bendhack, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), campus de Jaboticabal, foi contemplado com o prêmio de melhor trabalho científico apresentado em painel durante o Congresso Mundial de Aqüicultura (Aqua 2006), ocorrido em Florença, Itália, de 9 a 13 de maio.

A pesquisa de mestrado intitulada “Excreção de amônia pelo matrinxã (Brycon cephalus) durante o transporte em água contendo cálcio (CaSO4)”, orientada por Elisabeth Criscuolo Urbinati, docente da FCAV e assessora-chefe da Assessoria de Relações Externas da Reitoria, foi reconhecida por sua importância para a pesca esportiva nacional e por abrir novas frentes de estudos para o transporte de peixes vivos.

Neste tipo de transporte, o objetivo é aumentar a quantidade de peixes transportados e diminuir a de água. O maior entrave, contudo, seria a concentração de amônia na água. Sabe-se que o metabolismo do peixe produz e elimina amônia (NH4), que em alta concentração na água, pode ser tóxica para o animal. A amônia interfere na resistência do peixe, que pode morrer. “Este é um fator de perda para os piscicultores”, diz o autor do estudo.

Em ambiente simulando o procedimento empregado em larga escala por piscicultores no transporte de peixes vivos, Bendhack observou uma relação entre o nível de amônia excretada pelo matrinxã e a concentração de sal na água. Para o pesquisador, quanto maior a quantidade de sal de cálcio (CaSO4) adicionado à água, também conhecido como gesso agrícola, maior o aumento de excreção de amônia pelos peixes. “Acredito que a relevância do tema tenha contribuído para esta escolha pelos avaliadores”, destaca. Bendhack, em seu doutorado, trabalha no aprimoramento do estudo. A idéia é verificar se a descoberta pode contribuir para diminuir os custos dos piscicultores.

O achado de Bendhack é igualmente importante para os pescadores esportivos. O matrinxã é um peixe da bacia amazônica, bastante valorizado pela sua agressividade. “Ao morder a isca com força, o peixe provoca um embate com o pescador, que se diverte com isso”, assinala o pesquisador. “Agora, sabendo a melhor forma de transportá-lo, a diversão está garantida”, enfatiza.

Fabiano Bendhack é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Aqüicultura do Centro de Aqüicultura da UNESP (CAUNESP) da FCAV. “Essa é a terceira vez que um pesquisador do Centro recebo o prêmio. Nas edições de 2003 e 2004, que aconteceram, respectivamente, no Brasil e no Havaí, também

06/28/2006


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