Unicamp: Centro de Investigações Biológicas adquire tecnologia de ponta para Unidade Transgêne
Equipamentos de última geração permitem avaliação genética e manipulação de embriões
A Unicamp conta agora com tecnologia de ponta para realizar pesquisas na área de transgênese com modelo animal. A Unidade de Transgênese “Prof. Dr. Alberto Carvalho da Silva”, inaugurada recentemente no Centro Multidisciplinar de Investigações Biológicas (Cemib) da Unicamp, está estruturada com equipamentos de última geração para avaliação genética e manipulação de embriões. De acordo com o diretor da divisão de pesquisa do Cemib, professor Luiz Augusto Correia Passos, a unidade permite equiparar a pesquisa brasileira à de alguns países do primeiro mundo. “A unidade evitará que o Brasil fique novamente distante do resto do mundo”, afirma.
A proposta, segundo o pesquisador Marcus Alexandre Finzi Corat, é desenvolver pesquisa confiável para funcionar como apoio para toda a comunidade científica, com extensão a países da América Latina. “Para produzir e fornecer animais é preciso que o Centro esteja engajado em pesquisa para saber quais modelos são necessários para a comunidade científica.” Ele explica que a unidade irá trabalhar também com capacitação de pessoas para difundir a técnica no Brasil e na América Latina.
A unidade conta com micromanipuladores, lupas especiais, miniisoladores e microscópios. Corat acentua que os idealizadores tiveram grande preocupação em construir barreiras para manter a integridade sanitária. “Para realizar pesquisa com modelo animal, é preciso barrar a entrada de agentes que causam doenças, pois o alastramento acontece rapidamente.
Passos explica que, no Hemisfério Norte, o laboratório norte-americano Jackson Lab trabalha no sentido de fornecer modelos para pesquisas a várias instituições e que o Cemib pretende seguir a mesma linha, abastecendo o Hemisfério Sul. E acrescenta que, atualmente, o Cemib tem programas de cooperação estabelecidos entre diferentes grupos de pesquisa da Unicamp, da USP e do Ipen/Cnen.
Passos informou que, quando se iniciaram as pesquisas com transgênese, o Brasil estava atrasado 50 anos, e que, quanto mais defasado o País estiver menores serão as oportunidades científicas na medida em que não é competitivo.
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06/06/2006
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