Unicamp: Pesquisadores analisam fluxos migratórios e industrialização
Documentos inéditos depositados no Memorial do Imigrante de São Paulo têm sido o principal instrumento de trabalho do grupo
Pesquisadores do Núcleo de Estudos de População (Nepo) reuniram-se até hoje no I Simpósio “Novos Imigrantes e Desenvolvimento Industrial no Pós-Segunda Guerra”. O evento faz parte das atividades do Projeto “Os novos imigrantes: fluxos migratórios e industrialização em São Paulo no Pós-Guerra (1947-1980). O projeto é realizado por um grupo de cinco pesquisadores de diferentes instituições, vinculados ao Nepo, com a proposta de analisar a dinâmica dos novos fluxos migratórios para São Paulo no período Pós-Guerra, particularmente, a inserção de trabalhadores considerados mão-de-obra qualificada oriundos da Europa e do Japão.
Um conjunto documental inédito depositado no Memorial do Imigrante de São Paulo tem sido o principal instrumento de trabalho do grupo. O documento registra a chegada de aproximadamente 500 mil imigrantes a São Paulo, muitos deles alojados na então Hospedaria de Imigrantes de São Paulo. Os pesquisadores realizam identificação, organização, catalogação, informatização e arquivamento do conjunto.
A idéia, segundo Maria do Rosário, é estimular o desenvolvimento de pesquisas temáticas que, além de apontar caminhos para a utilização dos grupos documentais, proponham a produção de trabalhos que discutam aspectos pouco explorados pela historiografia sobre a imigração no período.
De acordo com Rosana Baeninger, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e pesquisadora do Nepo, atualmente o Brasil abriga 683.830 pessoas que se declaram originárias de países estrangeiros. “Não se sabe quantos têm nacionalidade brasileira, pois eles declaram o país de origem”, explica. O quadro do IBGE apresentado por ela revela que, no período estudado pelos pesquisadores (1947-1980) houve predominância da imigração européia. De 1980 para cá, aumentou a entrada de imigrantes da América Latina.
Maria do Rosário explicou que a entrada de imigrantes predominantemente europeus deveu-se à necessidade de mão-de-obra qualificada no início da industrialização. Após a guerra, um número significativo de pessoas entrou no País sob auspícios da Organização Internacional dos Refugiados. Entre elas, poloneses, russos, estonianos, letonianos, lituanos e húngaros. Em 1954, houve acordo bilateral com Portugal, Holanda, Itália, Grécia e Japão para entrada d
05/31/2006
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