Unicef promove ações para primeira infância em Pernambuco
20 municípios receberão recursos e orientação técnica para diminuir a mortalidade fetal e de gestantes
Vinte municípios do Agreste e do Sertão pernambucanos vão receber, a partir de agosto, recursos e orientação técnica para fortalecer as políticas públicas voltadas para gestantes, mães e bebês. O apoio está previsto em um projeto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a diminuição da mortalidade fetal e infantil e de mulheres grávidas.
Nos últimos cinco anos, Pernambuco conseguiu reduzir significativamente a taxa de mortalidade infantil. O índice passou de 40 mortes entre mil crianças nascidas para 15,7 crianças mortas em cada mil nascidas. No caso dos municípios contemplados pelo projeto denominado Semana do Bebê, essa taxa ainda ultrapassa 25 mortes em cada mil nascidas.
Apesar da relação ainda elevada, Gary Sthal, representante do Unicef no Brasil, descarta que estes sejam os municípios com os piores indicadores sociais e de saúde do estado. “Todos os municípios têm populações mais ou menos vulneráveis. O que a Unicef prioriza são regiões onde as diferenças são mais evidenciadas. O trabalho é mais difícil, mas o retorno e benefícios são maiores”, disse.
A proposta é promover encontros com representantes dos governos municipais, sociedade civil e setor privado. A expectativa é que, nesses encontros, o poder público incorpore ao planejamento do município, ações práticas e integradas nas áreas de saúde, educação e assistência social voltadas para a primeira infância.
A ação, que terá duração de três anos, também inclui campanhas para sensibilizar a população e o setor privado, e palestras com consultores que vão capacitar profissionais de saúde, de educação e de assistência social. A fase experimental, em Pernambuco, foi garantida pela parceria com o grupo farmacêutico francês Sanofi - que vai liberar recursos no valor de R$ 1 milhão.
Jane Santos, coordenadora do escritório do Unicef em Pernambuco, reconhece os avanços conquistados pelo estado através de políticas estruturantes. Segundo ela, o programa estadual Mãe Coruja, que beneficia 103 cidades pernambucanas, integra políticas de sete secretarias do governo. “Isso capacita as mães para a maternidade e cria oportunidades. Mas ainda assim, o estado tem desafios impressionantes”, avalia.
De acordo com Jane, os debates em torno das políticas para a primeira infância vão priorizar temas como o aleitamento e a gestação na adolescência.
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Fonte:
Agência Brasil
04/07/2012 17:36
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