USP: Seminário discute violência na juventude
O evento reunirá especialistas das áreas de saúde, educação, justiça e direitos humanos
Promover a qualidade de vida, a saúde e a paz como forma de resistir à violência é a proposta central do 3º Seminário Violência e Juventude, que ocorrerá nos dias 5 a 8 de novembro em São Paulo.
Organizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP), com o apoio do Ministério da Saúde, o evento reunirá especialistas com atuação em diferentes áreas – saúde, educação, justiça, direitos humanos – para a discussão sobre a situação dos jovens nas metrópoles, a exposição de experiências positivas de combate à violência e a avaliação das relações entre o governo e sociedade com as populações entre 15 e 24 anos de idade.
“Nosso propósito não é discutir a violência como um problema apenas de segurança a ser resolvido com ações punitivas, nos âmbitos da polícia ou da Justiça”, explica a professora Márcia Westphal, docente da FSP e organizadora do evento. “Entendemos que a violência por meio de diferentes atores, provocando conseqüências diferentes e que exige formas de intervenção específicas, adequadas a cada caso, e, ao mesmo tempo, multidisciplinares e intersetoriais”.
Essa maneira abrangente de conceber a violência contra o jovem – e também a praticada por ele – está refletida na programação do Seminário. Os temas pontuam todos as questões relacionadas ao problema: violência doméstica, na escola, no trabalho, na rua, no trânsito, em instituições sócio-educativas, papel do álcool e das drogas, influência dos fatores psíquicos e biofísicos da juventude, legislação e sistema de justiça e papel do setor da saúde, entre outros.
Problema de saúde pública – Estudos mostram que as chamadas causas externas (violência e acidentes) constituem a primeira causa de morte de adolescentes na maioria das capitais brasileiras. Na faixa etária de 15 a 19 anos, de cada dez óbitos oito são relativos às causas externas. Diante da dimensão do problema e sua complexidade, um dos objetivos do Seminário é sistematizar e consolidar os conhecimentos sobre o assunto para oferecer uma visão estratégica para o seu enfrentamento.
“Queremos fornecer parâmetros para que as políticas públicas sejam mais eficazes”, afirma a professora Márcia Westphal, para quem dois grandes obstáculos no combate à violência são a fragmentação e a descontinuidade das ações executadas com essa finalidade. “Não há diálogo entre as diversas esferas do governo ou um planejamento conjunto das atividades, metas, objetivos e estratégias de enfrentamento, o que resulta, muitas vezes, em políticas discordantes ou em esforços duplicados”, finaliza.
SERVIÇO
O 3º Seminário Violência e Juventude será realizado de 5 a 8 de novembro no Anfiteatro João Yunes da Faculdade de Saúde Pública da USP (Av. Dr. Arnaldo, 715, São Paulo
10/29/2006
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