USP tem a melhor pós do Brasil, confirma Capes



Reitora destaca "preocupação constante"

A melhor pós-graduação do Brasil é da USP. A informação vem da avaliação trienal promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que analisou todos os programas de pós-graduação do Brasil durante o período 2004/2006. A Universidade detém o maior número de programas com nota 7, a mais elevada. São 25 programas no total.

A excelência passa por diferentes áreas do conhecimento. Por exemplo, têm nota 7 os programas de ciências dos alimentos, de biológicas, o de meteorologia, em exatas, e os de história social e geografia humana, que contempla a área de humanas, entre outros.

Para a reitora Suely Vilela, o bom desempenho da USP se explica por uma “preocupação constante com a pós” mantida pelo corpo diretivo da Universidade. A professora cita como exemplos dessa preocupação constante iniciativas adotadas pela USP que enfocam a melhoria na formação tanto de alunos quanto de estudantes da pós-graduação.

Uma dessas estratégias é a internacionalização. A avaliação da Capes leva em conta o quanto o curso é inserido e tem relevância em outros países. Estuda-se, por exemplo, os intercâmbios promovidos entre alunos e professores e o quanto a produção acadêmica de um determinado curso é citada como referência em trabalhos de fora do Brasil. É nessa questão que se baseia a diferença entre os programas avaliados com as melhores notas, 6 e 7, para os que recebem os conceitos 4 e 5.

O pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Armando Corbani Ferraz, explica uma ferramenta que a Universidade empregou para aprimorar a internacionalização de seus cursos: “desenvolvemos, nesses últimos anos, um processo de intercâmbio direto de docentes. Por exemplo: um programa de pós-graduação daqui considera que seria interessante, para incremento de suas atividades, receber um docente do exterior. Então seus coordenadores encaminham um pedido para a Pró-Reitoria. Se aprovado, esse professor estrangeiro passa três meses desenvolvendo atividades aqui na USP, num processo muito enriquecedor para todos os envolvidos”, diz o docente. Diversas unidades da USP já foram contempladas com a medida, que trouxe professores da Inglaterra, EUA e França, entre outros países.

Números

A reitora Suely Vilela ressalta um dado importante da avaliação da Capes: pela primeira vez o número de programas de pós-graduação da USP avaliados com o conceito 7 é superior aos de conceito 3. São 25 que receberam a nota máxima, contra 16 que ficaram com o 3. O professor Armando Corbani comemora: “o número de programas nota 5 é maior que os de programas 3 e 4 somados”.

Os dados confirmam também uma tendência de elevação. O percentual da USP nos programas 6 e 7 passou de 26,6% para 27,4%, em todo o território nacional. O índice chama ainda mais a atenção quando se verifica que ocorreu aumento dos programas avaliados pela Capes – e, mesmo num universo maior, a porcentagem de excelência da USP conseguiu ser ainda superior à constatada anteriormente.

Na região Sudeste, esse percentual sobe para 40%. E em São Paulo, 56%. Ou seja: mais da metade das melhores pós-graduações desenvolvidas no estado mais bem avaliado pela Capes – com média aritmética de 4,42 – são da Universidade de São Paulo.

Suely Vilela e Armando Corbani enfatizam outra questão numérica que sugere a boa posição da USP. No ranking elaborado pela Universidade de Xangai (China), o desempenho da USP sobe a cada ano. Em 2003, a USP era a 165ª melhor universidade do mundo, de acordo com os chineses; em 2007, a posição obtida pela Universidade foi a 128ª. E com uma melhora sucessiva verificada em todos os anos. O pró-reitor lembra um fator que valoriza ainda mais o feito da USP: “nesse ranking de Xangai, 30% da pontuação é destinada ao recebimento de Prêmios Nobel ou outras honrarias específicas. A USP não recebeu, ainda, nenhuma dessas honrarias. Ou seja: conseguimos esse desempenho ótimo mesmo competindo apenas com 70% do valor possível”, explica Armando Corbani.

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Da USP Online



10/20/2007


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