Valadares destaca redução de juros e aumento de crédito nos planos do governo para a agricultura



O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) disse que o compromisso do governo federal com a agricultura pode ser verificado com a redução das taxas de juros e o aumento de volume de créditos para investimento, custeio e comercialização previstos no Plano Agrícola e Pecuário e no Plano Safra da Agricultura Familiar, ambos 2007/2008, lançados pelo governo federal no final de junho.

Valadares lamentou, porém, que o Plano Agrícola e Pecuário não toque no "ponto nevrálgico da agricultura brasileira: o seu endividamento". Ele adiantou que tratará desse assunto durante a discussão da Medida Provisória 372/07, que liquida a dívida de produtores rurais e suas cooperativas junto a fornecedores de insumos.

O parlamentar citou a taxa anual de juros controlada, reduzida no Plano Agrícola de 8,75% para 6,75%, em relação ao ano anterior, o que representa, segundo ele, uma redução de 22,9% dos custos do produtor rural. Ao mesmo tempo, o plano aumenta em 21% os recursos ofertados com esta taxa de juros, alcançando R$ 36,45 bilhões, enfatizou Valadares.

O senador destacou também o aumento de 20% nos recursos disponíveis no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que atingirão R$ 12 bilhões. Entre as medidas favoráveis à agricultura familiar, Valadares citou ainda a redução das taxas de juros, o aumento dos limites de financiamento, a criação da linha Pronaf-ECO - que financiará projetos destinados à implantação ou recuperação de tecnologias de energia renovável - e a criação de um sobreteto para produtores que financiarem mais de uma cultura.

Valadares destacou ainda o aumento das subvenções ao prêmio do seguro rural - de R$ 31,1 milhões, ano passado, para R$ 100 milhões, em 2007 -, mas lamentou que essas subvenções tenham sido os primeiros recursos contingenciados em 2006.

- Esperamos que o próximo decreto de contingenciametno não mencione a subvenção ao prêmio do seguro rural - afirmou Valadares.

O parlamentar ainda elogiou a promessa do governo de encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei instituindo o "Fundo Catástrofe", em substituição ao atual Fundo de Estabilidade do Seguro Rural. Segundo ele, a instituição desse fundo é uma forma de superar as restrições à expansão do seguro rural, que protege hoje apenas 2,4% da área plantada.

07/08/2007

Agência Senado


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