Valter Pereira comenta pesquisa que mostra o aumento do apoio à pena de morte entre os brasileiros



O senador Valter Pereira (PMDB-MS) comentou nesta segunda-feira (9) pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e publicada neste domingo (8) pelo jornal Folha de S. Paulo segundo a qual 55% dos entrevistados se disseram favoráveis à adoção da pena de morte no Brasil, ao passo que 40% se disseram contrários. O senador destacou que se trata do índice mais elevado de aprovação à prática desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 1991.

Para Valter Pereira, o levantamento, feito nos dias 19 e 20 de março, demonstra que a discussão sobre a redução da maioridade penal "está aquém do que a sociedade está pedindo" como método para combater a violência. Ele criticou os que são contrários à mudança na legislação e ressaltou que o Congresso Nacional não pode "virar as costas" para a população.

- Não é possível que o Congresso Nacional vá se conduzir de forma passiva e ficar indiferente ao clamor popular, que quer, sim, que penas mais duras sejam adotadas como instrumento para enfrentar a criminalidade - afirmou.

O parlamentar acrescentou que a pesquisa anterior, feita em agosto do ano passado, mostrou que 51% dos entrevistados eram favoráveis à adoção da pena capital e 42% contrários. Portanto, disse ele, não se poderia alegar que a demanda pelo recrudescimento da legislação seria fundamentada na comoção pelo assassinato do menino João Hélio, no Rio de Janeiro, em fevereiro.

Valter Pereira ponderou que não se pode ignorar o "componente social por trás da criminalidade" e pontuou que a mera alteração da legislação não resolverá a questão da violência no país se não vier acompanhada de ações, por parte do Executivo, que promovam a educação e levem à geração de empregos. Fornecer empregos é fundamental, em sua opinião, para oferecer perspectivas a milhares de jovens e adolescentes que, de outra forma, acabariam buscando sua ocupação junto aos "delinqüentes profissionais".

O parlamentar parabenizou a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, na pessoa de seu presidente, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), pelos esforços que vêm sendo empenhados na análise de matérias para alterar a legislação penal e tornar mais efetivo o combate à criminalidade.



09/04/2007

Agência Senado


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