Vanessa Grazziotin defende maior participação feminina no Parlamento
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu em Plenário, nesta quarta-feira (22), o aumento da participação feminina no Congresso Nacional. Ela classificou situação atual como "vergonhosa", afirmando que é preciso uma mudança por meio da reforma política.
Vanessa disse que a lei (Lei 9.504/97) que garante percentual mínimo de 30% para candidaturas femininas não é respeitada. Os partidos, segundo ela, veem a obrigação da cota de gênero "como um castigo" e alegam que são as mulheres que não se interessam por política.
- As mulheres se interessam por política, têm vontade, têm desejo e principalmente capacidade de estar no Parlamento como estão hoje no mercado de trabalho - afirmou.
A senadora registrou a sua participação ao lado de mais três parlamentares brasileiras em encontro internacional no Uruguai, onde foi debatida a participação das mulheres na política no âmbito do Mercosul.
Vanessa apresentou os dados que colocam o Brasil na última posição entre os países do bloco. A representação feminina nas casas legislativas de todo o país não ultrapassa os 11%, enquanto na Argentina, primeira colocada, as mulheres compõem 40% do Parlamento. De acordo com a senadora, esse avanço dos argentinos se deve à adoção do sistema que aplica listas partidárias com alternância para manter a proporção entre gêneros.
Para a senadora é preciso sensibilizar a sociedade brasileira para também sensibilizar o Parlamento. Nesse sentido, ela citou a criação da Procuradoria da Mulher no Senado como um importante passo para mudar essa realidade.
- O que nós precisamos mesmo e imediatamente é de uma reforma política profunda que seja capaz de reconhecer essa desigualdade e trabalhar para fazer do Brasil um país com mais igualdade entre homens e mulheres - disse.
22/05/2013
Agência Senado
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