Vanessa Grazziotin destaca fortalecimento do Brasil diante da crise econômica mundial
Ao analisar o Seminário "A crise no capitalismo e o desenvolvimento do Brasil", realizado no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (28), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que os economistas presentes ao evento concluíram que o Brasil sai fortalecido da crise econômica atual. O seminário foi promovido por quatro fundações partidárias: João Mangabeira, do PSB, Perseu Abramo, do PT, Leonel Brizola, do PDT, e Maurício Grabois, do PCdoB.
Segundo a parlamentar, a posição do Brasil se deve a inúmeras medidas adotadas durante o governo Lula e às novas ações da presidente Dilma Rousseff, como a pequena dependência externa, o incentivo ao mercado interno, a diminuição da taxa de juros (Selic), e a recém aprovada MP 540/11 (PLV 29/11), do Plano Brasil Maior, o qual reduz a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de produtos importados, favorecendo o desenvolvimento da indústria brasileira.
- Os economistas são unânimes em dizer que o Brasil vive vantagens na política adotada. Se fosse há dez, 12 anos atrás, poderíamos viver consequências muito mais graves. Mas com as mudanças na política econômica e na política externa, o Brasil tem condições de enfrentar da melhor forma possível a crise que atinge o grande capital, mas leva ao sofrimento grande parte dos trabalhadores do mundo inteiro - disse Vanessa Grazziotin, avaliando que o Brasil tem a vantagem é que o Brasil depende de grandes recursos naturais e está em pleno processo.
Outra conclusão dos economistas, disse a senadora, foi que se trata de uma "crise cíclica do capitalismo", lembrando que as economias dos países desenvolvidos tendem a decrescer.
- É caracterizada por dívidas, provocada pelo alto e elevado grau de endividamento que alcançaram esses países. Portanto, é uma crise de soberania. É bom que se diga que ela não vem do setor público, mas sim do setor privado. A perspectiva é uma piora dessas economias para um período próximo - afirmou, mencionando as altas taxas de endividamento de Grécia e Portugal, Espanha e Itália.
Vanessa Grazziotin lembrou que a crise teve início em 2008, no mercado financeiro norte-americano. E apontou para a situação que vive a Espanha, com o nível de desemprego em 22%, o que considera "algo extremamente assustador".
- Na América Latina, por exemplo, os países que mais sofreram com a crise 2008/2009 foram, exatamente, o México e a Venezuela, pela característica de suas economias. São países exportadores, são países que detém um elevado grau de dependência externa. A Venezuela é, todos nós sabemos, uma das maiores produtoras do mundo de petróleo, petróleo que vende para o mundo inteiro, sobretudo para os Estados Unidos. Com a crise norte-americana, o impacto na economia venezuelana foi significativo. - assinalou. O Brasil, na ocasião, diminuiu sua economia somente em 1% do Produto Interno Bruto (PIB), observou a senadora.29/11/2011
Agência Senado
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