Vanessa Grazziotin pede ações para reduzir desigualdades entre homens e mulheres



Recém-empossada como procuradora especial da Mulher no Senado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu, nesta terça-feira (26), a articulação dos três níveis de poder no combate às desigualdades entre homens e mulheres na sociedade brasileira. Entre as diferenças apontadas pela senadora, está a disparidade salarial entre homens e mulheres e a pouca representação das mulheres no Parlamento.

- Nós não podemos concordar com o fato de,apesar de as mulheres terem um nível educacional superior ao dos homens, ainda receberem quase 30% menos do que eles – disse.

A senadora ressaltou que as mulheres ocupam apenas 10% das as vagas do Parlamento brasileiro. Ela lembrou que, atualmente, apenas oito mulheres ocupam cadeiras no Senado Federal, em um universo de 81 senadores.

- As mulheres têm muito mais dificuldades por causa da dupla jornada de trabalho, porque sentem a discriminação no seio da sociedade e, principalmente, a discriminação no seu próprio partido político – disse.

A senadora citou números da pesquisa do DataSenado, divulgada nesta terça-feira que revelam que em um ranking de 84 países, o Brasil é o sétimo no número de assassinatos de mulheres.

- Só perde para a Colômbia, na América do Sul, e, na Europa, para a Rússia. Os números brasileiros desses assassinatos ainda são maiores do que os de todos os países árabes e todos os países africanos – disse.

A senadora explicou que, apesar da situação delicada que vive o Brasil no que diz respeito à violência contra a mulher, a pesquisa também revelou que cada vez mais cresce a percepção das mulheres de que é possível, utilizando os instrumentos do poder público, diminuir drasticamente essa violência.

A pesquisa mostrou que a Lei Maria da Penha é conhecida por 99% das entrevistadas. A maioria – 66% – se sente mais protegida desde a sanção da lei e, entre as mais jovens, esse índice chega aos 71%.



26/03/2013

Agência Senado


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