EDUARDO APONTA DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES



Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia oito, o senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) destacou, em discurso, o tema do Conselho Nacional da Condição Feminina deste ano, que é a maior participação da mulher na vida política nacional. O senador observou que, no Congresso Nacional, a participação feminina é extremamente limitada, e citou que menos de dez por cento das prefeituras são ocupadas por mulheres, havendo apenas uma governadora de estado no país, que é Roseana Sarney, no Maranhão.
Eduardo comemorou as conquistas alcançadas pela mulher, mas disse que as mulheres ainda sofrem com os baixos salários e com a violência. Segundo ele, a mulher vem alcançando um lugar de destaque no contexto nacional, chefiando 40% das famílias brasileiras, mas ainda é discriminada tanto no campo profissional e político.
Ao citar pesquisa promovida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), o senador disse que foi constatada a diferença entre o rendimento médio de homens e mulheres. Os homens, segundo a pesquisa, tem rendimento médio mensal de R$ 1,091 mil enquanto as mulheres recebem somente R$ 688. E as mulheres assalariadas também não dispõem da assistência indispensável que sua condição feminina exige, acrescentou.
O senador destacou que, de acordo com dados da Unicef, pelo menos 25% das mulheres latino-americanas já sofreram agressões físicas e abusos sexuais dentro e fora de casa. Na maioria dos países muçulmanos, observou, "a condição feminina é, no mínimo, dramática, com mutilações nos órgãos sexuais e assassinatos impunes por motivos torpes de pseudo-defesa da honra masculina."
Ao congratular-se com a mulher brasileira "pela sua coragem e dedicação ao país e ao trabalho" Eduardo disse que as mulheres têm colaborado decisivamente para o desenvolvimento nacional.

14/03/2000

Agência Senado


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