Vanessa Grazziotin relata resultados da COP-17




Em discurso nesta segunda-feira (12), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), fez um relato da 17ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17), iniciada em 28 de novembro e encerrada deste domingo (11), na cidade sul-africana de Durban. Na ocasião, a vigência do Protocolo de Kyoto, que expiraria no último dia de 2011, foi prorrogada pelo menos até 2017, explicou.

O acordo firmado em Durban fixa para 2013 a data de início do segundo período de discussão de compromissos, cujo resultado será um novo pacto global sobre o clima, a entrar em vigor provavelmente em 2020. Enquanto isso, Kyoto continua vigorando, mas com menos integrantes: ficaram de fora Canadá, Japão e Rússia. Estados Unidos e China já não participavam.

- Considero, diante das expectativas, com as dificuldades de negociações e a situação de profunda crise econômica no mundo inteiro e que abate os mais desenvolvidos do planeta, diante desse momento adverso, que a plataforma de Durban foi satisfatória e que avança - disse a senadora.

Ela explicou ainda que foi debatida a questão da criação do Fundo Verde, previsto desde a COP-16, realizada em Cancun, mas que pouco avançou na conferência deste ano. Não se estabeleceu uma regulamentação para o fundo, que deverá receber recursos de países desenvolvidos, de até R$ 100 bilhões até 2020, para ser aplicados nos países em processo de desenvolvimento, no combate às emissões de gases tóxicos e na adaptação às mudanças climáticas.

- Acredito que o fundo, para o Brasil, é muito importante. Afinal de contas, precisamos de alternativas baseadas na ciência, na inovação, para fazer com que nossas florestas sejam mantidas em pé. Manter a floresta em pé não significa torná-las santuários, mas, sim, dizer que devem ser trabalhadas, exploradas, de forma racional, manejada e sustentável. Para isso, recursos internacionais de cooperação são muito importantes - avaliou. 

Código Florestal 

A parlamentar lamentou que a aprovação pelo Senado do novo Código Florestal, na última terça-feira (6), tenha sido criticada por organismos não governamentais durante a COP-17. Ela considerou a reação resultado de "desconhecimento e maldade".

- Nenhum outro país tem uma legislação ambiental tão rigorosa como nós temos no Brasil - disse.

Vanessa também citou sua participação, dias antes da conferência do clima, na reunião promovida pela Globe International, organismo reúne parlamentares do mundo todo. Na ocasião, foi lançado o 2º Estudo sobre Legislação Climática.

O documento consiste em uma avaliação das legislações ambientais de 17 países. O Brasil aparece entre os países que vêm avançando na área, principalmente no que diz respeito ao enfrentamento do aquecimento global, frisou a senadora.



12/12/2011

Agência Senado


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