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Em discurso no Plenário nesta terça-feira (18), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) informou que a próxima reunião da Corporação da Internet para Designação de Nomes e Números (Icann, em inglês) deve ocorrer nos dias 17 e 18 de julho, em Durban, África do Sul. No encontro, explicou a senadora, a Icann vai avaliar o pedido dos governos do Brasil, do Peru, e de outros seis países para retirar de sua lista o pedido para que a empresa varejista Amazon tenha direito exclusivo sobre esse nome como domínio na internet. Para a senadora, o interesse privado não pode se sobrepor ao interesse público.

- É importante que a população dos oito países que compõem o bioma da Amazônia esteja mobilizada para barrar a intenção da Amazon – disse a senadora.

Se a empresa conseguir o registro exclusivo, explicou Vanessa, os países da região não poderão usar o nome “.amazon” para eventos e domínios associados ao meio ambiente ou causas indígenas, por exemplo. A senadora chegou a sugerir que o domínio da empresa seja Amazon Company, para evitar problemas com os países ligados à floresta.

Vanessa também anunciou que quarta-feira, às 14h, haverá uma reunião na Ala Alexandre Costa para tratar do uso do domínio amazon. Na mesma reunião, vai ocorrer o lançamento oficial do site www.nossaamazonia.org.br, no qual será possível encontrar uma petição contra o pedido da Amazon.

Manifestações

Vanessa também comentou as manifestações populares que estão ocorrendo em várias cidades do Brasil nos últimos dias, afirmando que esta é uma das maiores mobilizações sociais que o país já viu nos últimos tempos. Ela lembrou que, quando era universitária, também protestou contra a ditadura, defendendo a democracia e a qualidade da educação. Um dos temas dos protestos dos quais participou, entre o fim da década de 1970 e o início da de 1980, era a meia passagem para estudantes.

- Enfrentamos repressão, mas conseguimos. Manaus foi a primeira capital a conseguir a meia passagem para estudantes – registrou a senadora.

Vanessa Grazziotin assinalou a importância dos protestos e disse defender a apoiar as manifestações pacíficas. Ela afirmou que não há na história da humanidade grandes mudanças sem a participação massiva da população.

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