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“É incontestável o mais absoluto despreparo do Brasil para fazer frente a acidentes dessa natureza”, afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), se referindo ao vazamento de petróleo ocorrido na semana passada no Poço do Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (23), o senador fez um relato sobre audiência pública realizada no dia anterior pela Comissão de Meio Ambiente (CMA), que reuniu representantes da Chevron, empresa responsável pela exploração do poço, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Ministério Público e do Ibama.

Conforme informou, o debate revelou que ainda persistem controvérsias quanto à extensão do vazamento, ao risco de dano permanente no campo e à responsabilidade das empresas envolvidas no acidente. Na avaliação do senador, no entanto, não restam dúvidas quanto ao despreparo do governo para lidar com a situação.

– O Brasil, que se arvora a ser uma potência petrolífera mundial e de fato é, tem um aparato institucional de uma pobreza franciscana. Nós estamos ‘na bacia das almas’ em matéria de prevenção, em matéria de combate a danos e em matéria de fiscalização. Fiquei chocado com as revelações feitas ontem na audiência pública – disse.

Como exemplo, ele informou que a ANP conta com apenas 10 fiscais para analisar projetos técnicos, acompanhar a exploração do petróleo e fiscalizar o cumprimento de medidas preventivas antes da perfuração do poço.

– É uma coisa absurda. O representante da ANP disse que seriam necessários mais 180 fiscais para dar minimamente conta do recado – frisou.

Ao final do pronunciamento, Aloysio Nunes informou que os senadores da CMA cumprirão “uma agenda muito rígida” para cobrança de soluções para os problemas apontados na audiência pública.

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