Vendas no varejo aumentam em março



Durante o mês de março, oito dentre dez atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram crescimento em relação a março. 

Os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (12) apontam que a categoria de veículos e motos, partes e peças foi a que apresentou maior crescimento (3,8%), seguida de  equipamentos e material para escritório, informática e comunicação(3,5%); material de construção (2,7%); móveis e eletrodomésticos(1,6%), que teve o mesmo crescimento que o mercado de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%).

Em seguida, ficaram outros artigos de uso pessoal e doméstico(1,4%); tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%).

Por outro lado, registraram queda os setores de combustíveis e lubrificantes (-0,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(–0,1%).


Crescimento em todos os setores ante 2010

Na comparação com março de 2010 (série sem ajuste), todas as atividades cresceram.

Nesse período, a ordem de atividades que mais registraram crescimento no varejo foi diferente. Segundo o IBGE, por ordem de importância, houve maior variação na categoria móveis e eletrodomésticos (11,1%), que registrou o principal impacto na formação da taxa do varejo (45%).

Em segundo lugar, ficou a categoria hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%). Na comparação com março de 2010, esse item foi responsável pela segunda maior contribuição na taxa do varejo (18%). Apesar do impacto gerado pelo volume de vendas, o IBGE avalia que, o setor não alcança a principal contribuição à taxa global provavelmente por conta do recuo na demanda, provocado pelo aumento dos preços dos alimentos.

Em terceiro lugar na lista de categorias que geraram impacto na formação da taxa global do varejo, está Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo terceiro maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas da ordem de 18,2% na comparação com março do ano passado.

Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, segundo o IBGE destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero (-14,7% nos últimos 12 meses para o subitem microcomputador no IPCA) e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página do IBGE.


Varejo ampliado cresceu 1,7%

O comércio varejista ampliado, que inclui varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, em relação ao mês anterior, crescimento tanto para o volume de vendas quanto para a receita nominal, com 1,7% e 2,5%, respectivamente. 

Comparado com março de 2010 (sem ajuste sazonal), no entanto, houve recuo de 2,5% para o volume de vendas e variação de 0,8% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 7,1% e 10,2% para o volume e 10,3% e 13,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.


Desaceleração ocorre desde 4º trimestre de 2010

Em termos trimestrais, os números apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas, na passagem do quarto trimestre de 2010 para o primeiro trimestre deste ano, com queda da taxa de 9,6% para 6,9%. 

A desaceleração também é observada no comércio varejista ampliado, cuja taxa de variação passou de 14,3% para 7,1%.

Das dez atividades pesquisadas, apenas a de material de construção não registrou queda no ritmo de crescimento no período analisado, passando de 13,5% no quarto trimestre de 2010 para 13,6% no primeiro trimestre de 2011. 

Para os demais segmentos os resultados foram: veículos e motos, partes e peças (de 23,8% para 6,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (de 21,7% para 9,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de 20,0% para 13,9%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 6,3% para 2,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 9,4% para 6,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 12,2% para 9,4%); móveis e eletrodomésticos (de 18,1% para 16,8%); tecidos, vestuário e calçados (de 9,9% para 9,6%) e combustíveis e lubrificantes (de 5,9% para 5,7%).


Fonte:
IBGE



13/05/2011 17:42


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