Vice-presidente José Alencar expõe linhas mestras do Projeto São Francisco
Em sessão especial mediada pelo presidente do Senado, José Sarney, com a presença do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e grande número de senadores, o vice-presidente da República José Alencar expôs em Plenário as linhas mestras do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco para o semi-árido do Nordeste, região onde as secas periódicas causam prejuízos econômicos e enormes problemas sociais. O projeto está orçado em US$ 6,5 bilhões.
Segundo Alencar, não se trata de sonho, tampouco de um projeto impossível. Ele explicou que a comissão interministerial que preside detalhou as várias etapas do projeto: revitalização do Rio São Francisco, transposição de águas do Rio Tocantins para aumentar a vazão do rio, obras estruturais conjugadas com canais de grande porte, incluindo construção de barragens em cascata, de hidrelétricas e estações de bombeamento.
Para facilitar o entendimento dos senadores, foi exibido um vídeo com explicações técnicas, mapas, detalhamento de custos e descrição de outros projetos de transposição de águas no Peru, Equador, Egito, China, Espanha, Lesoto (África) e no estado do Arizona, nos Estados Unidos.
De acordo com o vice-presidente, uma das maiores preocupações dos técnicos que estão elaborando o projeto diz respeito ao impacto ambiental das obras. Aos que consideram o projeto muito caro, Alencar exibiu os números relativos aos custos da última seca da região, entre os anos de 1997/99, calculados em US$ 4 bilhões, entre prejuízos econômicos e projetos de atendimento às populações atingidas pela escassez de chuvas.
O Brasil de hoje, disse José Alencar, precisa das obras previstas no projeto para atender às necessidades de consumo de água de 18 milhões de pessoas, além de implementar ações de educação, saúde e saneamento básico em 500 municípios banhados pelo Rio São Francisco.
Alencar ressaltou ainda que o projeto proporcionará bases para a agricultura irrigada e a industrialização da região, atividades concretas que fixarão as populações na região com qualidade de vida.
Ele garantiu que o projeto deverá englobar as várias iniciativas estaduais de revitalização do rio e promoverá melhorias concretas em todos os estados da região: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Durante sua fase de implantação, o Projeto São Francisco gerará 25 mil empregos diretos e 75 mil indiretos, informou Alencar.
O vice-presidente demonstrou preocupação em assegurar transparência sobre as diversas etapas do projeto, relatando discussões que já manteve em Minas Gerais e Bahia, bem como a intenção de realizar debates em cada um dos demais estados incluídos na proposta.
04/09/2003
Agência Senado
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