Videoconferência no Interlegis facilita julgamento de integrantes do PCC em São Paulo
O Interlegis, programa do Senado Federal desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para modernização e integração do Poder Legislativo no país, promoveu, nesta quinta-feira (22), com o governo de São Paulo, uma videoconferência que interligou o Centro de Detenção Provisória (CDP) do bairro de Belém (SP), a Penitenciária de Presidente Bernardes e o Fórum da Barra Funda, na capital paulista, onde foi realizada uma audiência com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O sistema de videoconferência permitiu que o interrogatório dos réus e testemunhas fosse feito sem o deslocamento dos envolvidos.
Em Brasília, estiveram presentes para assistir à videoconferência os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Demostenes Torres (PFL-GO), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Serys Slhessarenko (PT-MT), além da deputada Denise Frossard (PSDB-RJ) e outras autoridades. Em Barra Funda, esteve presente o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa.
O julgamento foi sobre o processo movido contra Marcos William Herbas Camacho e mais 13 réus ligados ao PCC. A principal testemunha de acusação, José Márcio Felício, participou do evento para falar das denúncias que fez contra seu antigo parceiro sobre participação em processo de formação de quadrilha. A juíza Carmem Lúcia da Silva presidiu a audiência em Barra Funda.
O Centro de Processamento de Dados do São Paulo (Prodesp) e o Interlegis, responsáveis pela solução do projeto, utilizaram tecnologias de última geração, tais como link de comunicação de alta velocidade, imagem em tempo real, telefone IP, que garante segurança e sigilo, impressora e scanner , para que os documentos assinados pudessem ser transmitidos. A audiência foi ainda gravada em videocassete e CD-Rom.
Segundo os organizadores do evento, o deslocamento de presos para audiências, oitivas e julgamentos mobiliza semanalmente quase cinco mil policiais e consome cerca de R$ 550 milhões em São Paulo. Com a utilização da videoconferência, os recursos poderão ser aplicados na aquisição de equipamentos e viaturas para as polícias e os profissionais podem reforçar o policiamento preventivo e ostensivo.
22/05/2003
Agência Senado
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