Visual das histórias em quadrinhos influencia confecções de Petrópolis



Rio de Janeiro - Uma veste confeccionada com spandex (mistura de microfibra e elastano) e detalhes de schok que lembra vinil, sobre uma calça legging confeccionada com os dois tecidos. O toque final é dado pelo casaco também em schok, mais texturizado. O look arrojado foi escolhido para ilustrar a capa do catálogo do Polo de Petrópolis (RJ) e representar as confecções locais no desfile de abertura do Rio-à-Porter, realizado no sábado (9), no Rio de Janeiro. O salão de negócios, moda e design acontece até  quarta-feira (13) no Cais do Porto, das 9h às 21h.

A temática utilizada nas coleções do polo são as histórias em quadrinhos, com muito preto-e-branco e um detalhe colorido para produzir contraste. Este cuidado garante a unidade das coleções apresentadas pelas 10 empresas que participam do Rio-à-Porter.

Valéria Neves, da Watercolour, não esconde o orgulho em participar do evento. Além do destaque dado à peça que ela criou, a estilista também assinala que isso mostra que a empresa segue o rumo traçado. Com perfil atacadista, a estratégia é aumentar os 30% da produção destinada ao varejo. Veterana do espaço de negócios da Fashion Rio, ela afirma que aprendeu muito com este modelo de venda.

“A organização é outra. A reposição de tecidos, por exemplo, é diferente. Isso tem que ser feito alguns meses mais cedo para atender eventuais encomendas, sem falar no cuidado necessário para entregar as peças no prazo combinado”, assinala Valéria.

“O salão de negócios é um excelente canal de comércio. Participamos há nove edições e logo na primeira vez aumentamos nossas vendas em 50%. Pensamos no mercado externo, porém, por enquanto, o mais importante é consolidar nossa marca no Brasil”, reforça Alexandre Neves, sócio da empresa.

Este é o objetivo também da Deep Jeans, que estréia no evento com jeans voltados ao público jovem. “Tentei traduzir os anseios da garotada”, define o estilista Flávio Medina, que espera fazer bons contatos e vender para todo o Brasil.

Para o presidente do sindicato de Confecções de Petrópolis, Addison Menezes, a integração do espaço destinado aos negócios com o Fashion Rio pode favorecer o desempenho das empresas. “Estávamos pedindo isso há muito tempo. A idéia é perfeita porque os eventos ganham uma identidade única e não acontecem dissociados”.



11/08/2010 22:03


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