Vital do Rêgo espera aproximação entre Brasil e Espanha



O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), em pronunciamento nesta quinta-feira (9), definiu a eleição de Roberto Azevedo para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) como uma grande conquista da diplomacia brasileira. Comentando os resultados de missão do Grupo Parlamentar Brasil-Espanha, do qual faz parte, Vital chamou a atenção para fatores que impedem uma aproximação maior entre os dois países.

- E os grandes entraves são exatamente os tratados que não evoluíram; o comércio, que não evoluiu; o protecionismo que ainda existe. Isso tudo me faz ver agora, com um brasileiro na OMC, que nós poderemos ter um novo sopro de esperança e de expectativa - afirmou.

O senador participou, entre 2 e 7 de maio, de várias reuniões na Espanha, onde verificou um "grande anseio" dos investidores espanhóis em investir no Brasil. Ele lembrou que desde 2003 34 das 37 grandes empresas espanholas marcaram presença no país.

- Dá-nos um sentimento de orgulho muito grande ver a estabilidade democrática plena brasileira garantindo ao capital internacional essa segurança jurídica - afirmou.

Vital também comentou as negociações para facilitar a atuação no Brasil de técnicos espanhóis, com ênfase na área de agricultura e irrigação, que podem trazer um conhecimento técnico necessário ao país.
Em aparte, o senador José Pimentel (PT-CE) somou-se à homenagem a Azevêdo e elogiou a mudança positiva no tratamento dispensado a turistas brasileiros pelas autoridades espanholas, num comportamento que considera condizente com a elevada posição do Brasil na economia mundial.

Saúde

Vital do Rêgo falou da importância da comissão temporária destinada a propor soluções para o financiamento do sistema de saúde no Brasil, que hoje realizou sua quarta audiência pública. Para o senador, o Sistema Único de Saúde "é uma das maiores conquistas dos brasileiros", mas apresenta um déficit expressivo em seu financiamento. Ele criticou a falta de reajuste da tabela do SUS, o que dificulta a atuação de Santas Casas e hospitais filantrópicos - os quais, conforme ressaltou, são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), em aparte, lamentou a "ambulancioterapia" praticada por prefeituras de poucos recursos, e espera que a discussão do tema sensibilize o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.



09/05/2013

Agência Senado


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