Vital do Rêgo pede mais computadores para sala de consulta ao inquérito de Cachoeira



O presidente da CPI do Caso Cachoeira, senador Vital do Rego (PMDB-PB), pediu outros sete computadores para a sala de acesso aos dados sigilosos compartilhados pelo Supremo Tribunal Federal com a comissão. Deputados e senadores interessados em conhecer o inquérito enviado pelo STF tem reclamado que apenas os três computadores lá instalados não são suficientes para atender aos integrantes da CPI interessados em examiná-lo.

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Primeira parlamentar a chegar para ler o inquérito, nesta segunda-feira (07), a deputada Iris de Araújo (PMDB-GO) ficou três horas diante de um dos computadores e deixou a sala dizendo ter acessado “informações valiosas”. Ela também afirmou que o assunto investigado pela CPI está no campo da contravenção e, como tal, não deveria estar no Congresso, “porque é um caso de polícia”.

- Esse foi um dia bem cansativo. Entrei às 9h e estou saindo ao meio-dia. Procurei armazenar na memória tudo aquilo que encontrei para fazer uma avaliação dentro do já divulgado pela imprensa, a fim de chegar às minhas conclusões. Minha responsabilidade é grande porque, afinal, o escândalo foi em Goiás – disse ela.

Sobre a existência de apenas três computadores para examinar o processo, Iris de Araújo reconheceu a preocupação do senador Vital do Rego em preservar o sigilo do inquérito, mas considerou difícil para um parlamentar sem conhecimentos jurídicos trabalhar dessa forma.

- Vão chegar muitos parlamentares e só temos aqui três computadores. Acho que temos que nos aprimorar para fazermos um bom trabalho. Acho que temos que ter acesso aos documentos para não fazer qualquer tipo de julgamento impensado. Para alguns vai ser mais complicado.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) também deixou a sala do inquérito considerando sua estrutura insuficiente para atender aos mais de 60 parlamentares que irão examinar o processo conduzido pela Polícia Federal. E disse que reivindicará a Vital do Rego a possibilidade de cada parlamentar poder entrar na sala com assessores credenciados.

Sua ideia é que funcionários previamente identificados e de confiança dos parlamentares possam entrar com eles para examinarem juntos o inquérito. Para Ricardo Sampaio, sem a ajuda de assessores, um parlamentar não tem muito que fazer na sala, uma vez que o numero de informações constantes do inquérito é muito grande.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também deixou a sala considerando insuficiente o número de computadores oferecidos para o exame do processo.



07/05/2012

Agência Senado


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