Voo de reabastecimento promove intercâmbio militar
Um dos principais ganhos da Cruzex Flight 2013 é o intercâmbio entre os países. Interação e troca de experiências são as palavras mais ditas por todos os tripulantes que participam do exercício. Um exemplo são os voos feitos por pilotos brasileiros na aeronave de reabastecimento KC-767-200 Júpiter, da Força Aérea Colombiana. Desde o início da operação, os integrantes do Esquadrão Corsário (2º/2º GT) da Força Aérea Brasileira (FAB) acompanham missões de reabastecimento de caças.
"Para nós o intercâmbio que este exercício possibilita é muito importante.A FAB tem a intenção de adquirir uma aeronave semelhante à colombiana, por isso consideramos que estamos dando um passo à frente na preparação da nossa tripulação", afirma o Comandante do Corsário, Tenente-Coronel Aviador Rogelio Azevedo Ortiz. O militar refere-se ao processo de aquisição de duas aeronaves KC-767 para reabastecimento em voo que devem susbtituir o KC-137, aposentados em outubro deste ano.
Com um País de dimensões continentais, os aviões de caça brasileiros precisam do apoio do reabastecedor para manter autonomia de voo. O KC-767 tem capacidade para carregar cerca de 90 mil litros de combustível. "Sem este apoio, a atuação deles ficaria restrita", afirma o Capitão-Aviador Sérgio Fontoura de Souza, piloto do Corsário.
"Essa é a primeira vez que trazemos o KC-767 para a Cruzex. A operação se torna cada vez mais importante no contexto internacional. Podermos ensinar e aprender métodos e doutrinas com os brasileiros nos motiva bastante", disse o comandante da aeronave, Tenente-Coronel Aviador Osman González.
Padrão Otan
Nesta segunda-feira (11), a aeronave KC-767 Júpiter da Colômbia decolou da Base Aérea de Recife (PE) e foi direto para o ponto de encontro previamente marcado. No exato horário, chegaram quatro caças F-2000 Mirage do Grupo de Defesa Aérea que haviam decolado da Base Aérea de Natal.
Seguindo os padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aproximação acontece pela esquerda. A aproximadamente 6 km de altura, duas aeronaves são reabastecidas de cada vez. Uma em cada asa. Após a transferência de cerca de dois mil litros de querosene, os quatro caças se afastam e rumam para uma nova missão de ataque ou interceptação. Com capacidade para levar cerca de 77 mil litros de combustível, o KC-767 colombiano pode repetir o procedimento diversas vezes. Depois do reabastecimento, o KC-767 se mantém em uma órbita elíptica aguardando um novo acionamento.
Reabastecedor
O processo de substituição dos aviões KC-137 da FAB foi instituído pelo Estado-Maior da Aeronáutica (Emaer) em 2008 e conduzido pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), que buscou as melhores soluções existentes no mercado, considerando requisitos técnico-operacionais, logísticos, industriais e de compensação comercial e tecnológica para o estado brasileiro. Os antigos KC-137 foram fabricados na década de 1960 e incorporados à FAB em 1986, tendo sido empregados, desde então, em diversas missões operacionais e humanitárias de grande relevância para a Força Aérea Brasileira e para o Brasil.
Fonte:
14/11/2013 15:50
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