"VOZ DO CIDADÃO" RECEBE CRÍTICAS E SUGESTÕES SOBRE PROGRAMAÇÃO DE TV



As críticas à programação das TVs brasileiras continuam sendo as recordistas do serviço "Voz do Cidadão", mantido pela Subsecretaria de Relações Públicas do Senado. Do total de ligações, 34,52% referem-se a este assunto. A proposta de discutir com a população a linha de atuação dos meios de comunicação partiu do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que é o presidente da Subcomissão de Rádio e TV.A maioria dos cidadãos reclama principalmente do excesso de violência, da banalização do sexo e do uso de drogas nos programas de TV. Há quem veja controle sobre os telespectadores, como Hermes Pieta, de Porto Alegre. Segundo ele, além da programação de TV ser "deplorável", ainda "embute costumes e subjulga as mentes das pessoas". Jane Stelges, de Belo Horizonte, também não gosta do que vê na maioria dos canais, mas elogia a programação da TVE, da TV Minas e de alguns canais locais.Alguns são mais diretos em suas críticas, como José Edgar Beralti, do município catarinense de Araranguá, que considera a televisão brasileira tendenciosa e de baixo nível. Para ele, a TV também é muito pouco instrutiva. Ronaldo Carneiro Nascimento, de Guapi Mirim, no Rio de Janeiro, entende que as atuais programações de rádio e TV "aniquilam o regionalismo através da massificação".Muitos cidadãos pedem a interferência direta do governo e/ou do Congresso Nacional na questão, mesmo que seja preciso o uso da força ou a convocação de um plebiscito. Augusto Gasparetto, de Campinas, sugere aos senadores que obriguem as emissoras a melhorarem a programação. Já a mato-grossense Sadir Nunes da Silva, de Campo Grande, acredita que "se fizermos um plebiscito, o povo apoiará a censura moral, não política". Há até quem reclame da qualidade das novelas, como Alindemberg de Araújo Oliveira, de Campina Grande do Pará, que ainda sugere a eliminação de "um programa muito imoral" que é veiculado por uma rádio local.Para participar do debate sobre as programações de rádio e TV no país, basta ligar para o telefone 0800-61-2211 ou acessar a página do Senado Federal na internet, no endereço: www.senado.gov.br. Em seguida acesse o link "Fiscalize o Senado".

14/07/1999

Agência Senado


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