Wellington Dias quer reforma política para todas as gerações




"Devemos fazer a reforma política pensando não nas eleições de 2012 ou 2014, mas pensando em todas as gerações", afirmou o senador Wellington Dias (PT-PI), em discurso no Plenário na manhã desta sexta-feira (11). Ao lado de Jorge Viana (PT-AC), Wellington Dias representará o Partido dos Trabalhadores na Comissão da Reforma Política, que será instalada pelo Senado na próxima semana.

Wellington Dias recomenda que os senadores busquem ensinamentos de experiências anteriores, como os registrados no relatório da comissão de reforma política instalada em 1995, presidida pelo então senador Humberto Lucena e que teve como relator o então senador Sérgio Machado.

- Esse relatório [da comissão de 1995] servirá de subsídio para o nosso trabalho, pois certamente revela o árduo trabalho feito na época - observou.

Para o senador pelo Piauí, a reforma política "não pode ser algo feito exclusivamente pelo Parlamento, pensando nos políticos", mas deve estar em sintonia com o debate que ocorre na sociedade. Na opinião do parlamentar, não deve ser trabalho da comissão "fazer remendos" na legislação eleitoral vigente.

- Acredito que temos ambiente muito favorável para uma verdadeira reforma: um país funcionando democraticamente e o apoio manifestado pela presidente Dilma Rousseff, pelos líderes partidários, pelos partidos e pelos presidentes da Câmara e do Senado. Temos todos dizendo que querem a reforma, esse é um momento que não podemos perder - disse.

O senador também quer que a comissão atue com prazo determinado para a conclusão dos trabalhos, de forma a permitir que as propostas possam ser logo votadas.

- Temos este semestre para podermos tratar do assunto, chegar ao entendimento e fazer um esforço concentrado, Câmara e Senado, para atuarmos juntos e colocarmos as propostas em votação - sugeriu ele.

Como exemplos de temas a serem abordados na reforma política ele citou regras de proporcionalidade, voto distrital e fundo partidário. Esse último, conforme ressaltou, assegura que não apenas os que têm dinheiro participem do processo eleitoral.

- É o fundo partidário que permite que uma empregada doméstica, uma dona de casa, um pequeno empresário, um trabalhador rural, um trabalhador da cidade, um motorista, um intelectual ou quem quer que seja possa ser candidato e ter chance nas eleições. Essa é uma base importantíssima, se a gente quiser um Parlamento plural, verdadeiramente representativo do povo brasileiro. 



11/02/2011

Agência Senado


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