Zôo: Bichos noturnos despertam curiosidade da criançada



As pessoas vão chegando e são orientadas a se acomodar no anfiteatro. Enquanto a apresentação não começa, Catarina Heimann conta que quis participar do Passeio Noturno por vários motivos, entre eles pela possibilidade de andar num parque à noite em São Paulo, sem medo, e de ver acordados os animais que normalmente estão dormindo na visita diurna.

Ficou sabendo do programa por um colega de trabalho, que a deixou com água na boca ao contar como era. Resolveu inscrever-se e trazer os filhos Alex, de sete anos, e Mariana, de quatro. “Acho muito legal ver os animais”, diz o menino; a irmã revela que está curiosa sobre a coruja. “Que medo”!, emenda.

Nelson Alonso Saviano Júnior convidou a namorada Maria Cristina de Oliveira Nascimento para ver o Zoológico de uma maneira diferente, após descobrir a existência da atração por meio de uma reportagem. Mesmo assim, considera que ela é pouco divulgada. Acha, também, que o passeio deveria ser aos sábados e às vésperas de feriados, para facilitar a participação dos interessados. Como gosta muito de animais, visitou o Zôo de dia várias vezes e agora quer ver o que ainda não conseguiu. “Os bichos que dormem enquanto está claro, estão bem acordados. Espero ver especificamente o crocodilo e o gavião”, planeja.

É hora de parar a conversa, pois Domenichelli anuncia que vai ter início a exposição. Explica as regras do passeio e dá lugar aos colegas Edvaldo e Iara, do setor de répteis, que chegam com duas cobras e um lagarto. “Uau”, fazem em coro várias crianças. E muitos adultos arregalam os olhos. A cascavel, espécie venenosa de serpente, é exposta no interior de um recipiente transparente, fechado, e a grande píton albina, cobra asiática desprovida de veneno, aparece enrolada nos braços da apresentadora. O lagarto também está numa caixa, mas logo é tirado. Depois das explicações iniciais sobre esses animais, as perguntas chegam de todos os lados e são respondidas em detalhes.

Saviano Júnior tem muita curiosidade. Após ouvir que o lagarto presente é uma iguana nascida em cativeiro, nativa da região nordeste do Brasil, que pode chegar a dois metros e perder a coloração ao ficar estressada, pergunta: “Quantos anos tem essa e para que cor muda?” Esta repórter, preocupada em anotar, só conseguiu ouvir a segunda resposta: seu couro verde-vivo transforma-se em cinza. Fora do auditório, antes da partida para a caminhada, é possível acariciar a píton e vê-la bem de pertinho. 

Simone de Marco

Da Agência Imprensa Oficial



01/29/2008


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