Zulke diz que declaração desconstitui a denúncia do MJDH
Para o deputado Ronaldo Zulke (PT), o depoimento de Souteiro foi fundamental para desconstituir a denúncia do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de que o atual governo teria autorizado a realização deste tipo de jogo, a partir de portaria emitida pelo ex-chefe de Polícia Luiz Fernando Tubino. O empresário confirmou que apostas on-line em corridas de cavalo foram realizadas durante todo o ano de 1997 no Jóckei Clube do Rio Grande do Sul, durante a gestão de Jair Rodrigues. Segundo ele, as apostas eram públicas, abertas e realizadas no salão social do clube. "Não havia nada de ilegal nestas atividades. Além disto, era impossível que as autoridades na época não soubessem que as apostas ocorriam livremente no Jóckei", assinalou.
Ronaldo Zulke explicou que o despacho assinado pelo delegado Tubino, quando estava na chefia de polícia, apenas reeditou decisão do chefe de Polícia do governo anterior, Valter Maitelli, tomada com base em parecer emitido pela assessoria jurídica da Polícia Civil. Conforme o parecer, não há qualquer irregularidade na realização de apostas em corridas de cavalo, em tempo real, desde que seja feita na sede dos hipódromos ou agências autorizadas. A posição da assessoria jurídica foi baseada na lei federal 7291 de 1984 e em decreto federal, de 1988, que regulamenta as apostas de turfe.
Zulke entregou ao presidente da CPI, Valdir Andres (PPB), todos os documentos oficiais sobre o assunto e acusou o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, de omitir informações para sustentar "uma denúncia fantasiosa". “Com o objetivo de atacar nosso governo e sustentar a tese fantasiosa de conexões com máfias internacionais, mais uma fez este cidadão arma um circo, omitindo informações e distorcendo documentos públicos, ao divulgar a parte que lhe interessa e esconder a que desmonta a sua versão”, apontou.
Segundo o petista, o presidente do MJDH omitiu pelo menos três informações, com o objetivo de induzir a opinião pública ao erro. “Ele omitiu que tema é regulamentado por legislação federal, não cabendo à polícia autorizá-la.
Escondeu despacho do chefe de polícia do governo anterior que afirma que não há irregularidade nas apostas realizadas nos hipódromos ou locais autorizados. E, por fim, distorceu o despacho do delegado Tubino, que apenas reafirmou o que diz a legislação federal e o parecer de seu antecessor”, concluiu.
09/18/2001
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