16 buscam duas vagas no Senado









16 buscam duas vagas no Senado
Candidatos prevêem dificuldades na disputa pela preferência dos eleitores do Rio Grande do Sul

O Estado terá 16 candidatos na disputa de duas vagas ao Senado. Atualmente, três representam o Rio Grande do Sul nesse cargo: José Fogaça, do PPS, Emília Fernandes, do PT, e Pedro Simon, do PMDB. O mandato de Simon terminará em 2006. Fogaça e Emília concorrem à reeleição. Ambos foram escolhidos quando estavam no PMDB e no PTB, respectivamente.

Fogaça ressaltou que, desde 1986, ano em que se elegeu pela primeira vez ao Senado, todos os seus projetos para o Rio Grande do Sul foram aprovados. Reconheceu que terá dificuldades para se reeleger desta vez. Ele considera seus adversários muito qualificados e admitiu que a troca do PMDB pelo PPS, partido de menor expressão, dificultará a sua vitória, mas ressaltou que já esperava por essa situação. Fogaça declarou que o mandato de senador foi o grande desafio que teve na sua trajetória política e prevê que nesta eleição enfrentará mais obstáculos do que nas outras oportunidades. Emília, a primeira mulher gaúcha no Senado, disse que a possibilidade de contribuir para sentido mais popular foi o que motivou a candidatura. Considera que a elite econômica e política domina o Senado. Ela avaliou que a qualidade dos candidatos será essencial na disputa.

O ex-ministro dos Transportes Odacir Klein, do PMDB, salientou que a sua maior motivação para concorrer foi o conhecimento que tem do Estado. Klein se considera entre os cinco principais candidatos e acredita que o eleitor que não é partidário votará nele. O deputado federal Paulo Paim, do PT, disse que, após 16 anos na Câmara, chegou o momento de tentar uma vaga no Senado. Paim lembrou que estaria praticamente reeleito à Câmara, mas considera que atuando no Senado seus projetos serão aprovados com mais facilidade. Ele avaliou que a voz de um senador tem potencial muito maior de ser ouvida do que a de um deputado. Acha que os seus adversários têm respeitável densidade eleitoral, mas ressaltou que durante a campanha irá apresentar o que fez na Câmara durante o seu mandato.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, do PTB, justificou que pretende com a sua candidatura adquirir experiência macropolítica. Acredita que todos os que concorrem ao Senado têm enorme potencial, mas salientou que, historicamente, os detentores do mandato vão para a disputa com mais possibilidades, no caso os senadores Fogaça e Emília.

O ex-governador Vicente Bogo, do PSDB, que faz parte da coligação União pelo Rio Grande, com o PMDB, está na disputa ao Senado depois de ter buscado concorrer ao Palácio Piratini. Além de Zambiasi, o vereador João Bosco Vaz, do PDT, concorre pela Frente Trabalhista. O presidente do diretório metropolitano do PPB, Hugo Mardini; Marcos Citolin, do PSB; o vereador Valdir Caetano, do PL; Agis Caraíba, do PSC; Paulo Cardoso e Roner Anderson, do PV; Paulo Barella e Otávio Ruhrig, do PSTU; e Marisa Medeiros, do Prona, também disputam vaga ao Senado.


Começa a vigorar calendário eleitoral
A partir deste sábado, começou a vigorar o calendário eleitoral. É proibido nomear e demitir servidores, à exceção dos casos previstos em lei. Candidatos à Presidência, ao governo e a vice estão impedidos de participar de inaugurações e não podem usar recursos públicos para contratação de shows. É permitida a propaganda eleitoral com exceção do rádio e da televisão, que começará em 20 de agosto. De 21 de setembro em diante, o candidato só poderá ser preso em flagrante. A propaganda eleitoral terminará em 3 de outubro, sendo proibidos os debates e os comícios. No dia 5, encerra-se a panfletagem. A votação do 1O turno das eleições ocorrerá em 6 de outubro. O 2O turno será no dia 27 de outubro.


Vieira aponta incoerência de atitudes dos políticos
Para o deputado estadual Vieira da Cunha, do PDT, tudo pode ocorrer quando se fala em Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, pois 'o forte deles não é a coerência de atitudes'. Vieira lembrou que o governador mineiro tem a imprevisibilidade e a instabilidade como marcas e o presidente pediu que esquecessem o que escreveu antes de chegar ao poder. O deputado acredita que os dois se distanciaram apenas por disputa de vaidade.


Streck lembra admiração do governador por FHC
O ex-deputado federal Adroaldo Streck, do PSDB, entende que a reaproximação entre Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso é questão de tempo, pois o governador mineiro sempre demonstrou admiração pelo presidente. O desentendimento entre os dois, na avaliação de Streck, ocorreu na eleição de 1998, quando Itamar esperava apoio para concorrer à Presidência, em retribuição por ter indicado FHC para disputar o Planalto em 1994.


Redecker vê reconciliação resultante de identidade
O deputado federal Júlio Rede- cker, do PPB, avaliou que Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso têm identidade comum e, por isso, voltarão a se relacionar. Ele recordou que os dois têm idéias semelhantes desde 1993, quando FHC foi ministro da Fazenda de Itamar, e no ano seguinte se tornou candidato da situação à Presidência. Para Rede- cker, FHC fez gestão melhor e causou inveja no governador.


Ditadura militar institui o biônico
A ditadura militar instituiu em 1977 a figura do senador biônico para garantir maioria parlamentar, prevendo derrota na eleição do ano seguinte. Os parlamentares seriam escolhidos pelo colégio eleitoral formado na maioria por integrantes da Arena, o partido do governo. O MDB, que era constituído pela oposição, rejeitou no Congresso Nacional em 1977 projeto de reforma judiciária apresentado pelo governo do general Ernesto Geisel. Em conseqüência, o regime militar fechou o Legislativo e cassou parlamentares.

O general Arthur da Costa e Silva, segundo presidente do período da ditadura, fechou o Congresso Nacional durante o período de dez meses, em dezembro de 1968, com base no Ato Institucional nO 5. O Senado e a Câmara dos Deputados foram reabertos somente em outubro de 1969 com o propósito de eleger o general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República.


Primeira sessão realizada em maio de 1826
O Senado brasileiro tem origem na tradição greco-romana, foi inspirado na Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha e influenciado pela doutrina francesa da divisão e da harmonia entre os poderes do Estado e dos direitos dos cidadãos. A Constituição outorgada em 1824 definia o Brasil como monarquia centralista e hereditária e estabelecia os poderes Executivo, Judicial, Moderador e Legislativo, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. A primeira sessão ocorreu com 50 senadores em maio de 1826. O cargo, vitalício e privativo de brasileiros natos ou naturalizados, exigia idade mínima de 40 anos e rendimento anual de pelo menos 800 mil réis. O imperador escolhia um parlamentar de cada lista tríplice de candidatos eleitos nas províncias por votação indireta e majoritária.

Com a proclamação da República em 1889, o Senado e a Câmara dos Deputados foram extintos e houve convocação de eleição para Assembléia Constituinte. A Carta de 1891 definia o Legislativo exercido pelo Congresso, formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. Eram eleitos, por voto direto, três senadores por estado e Distrito Federal, à época o Rio de Janeiro, com mandato de nove anos. A sede era no Palácio Monroe. Pinheiro Machado foi o primeiro gaúcho a se destacar no Senado. Entre 1905 e 1914, liderou a bancada do Estado e presidiu a Casa. Tornou-se um dos mais influentes políticos do país e teve interferência sobre os governos de Hermes da Fonseca e Afonso Pena.

Getúlio Vargas dissolveu o Congresso ao assumir o poder em 19 30. A Constituição de 1934 restabeleceu o Senado com dois parlamentares por Estado e mandato de oito anos. Outorgada por Vargas, a Carta de 1937 fechou novamente o Congresso. Os senadores voltaram a ser eleitos em dezembro de 1945 com a função de constituintes. A Constituição de 1946 definiu três senadores por estado e mandato de oito anos, como ocorre ainda hoje.


Correio do Povo divulgará pesquisa dia 15
O Centro de Pesquisa Correio do Povo (CPCP) irá divulgar, no dia 15, a sua primeira pesquisa neste ano com os eleitores gaúchos para informar as intenções de voto à Presidência da República e ao governo do Estado. Criado em 1993, o CPCP já atuou nas eleições de 1994, 1996, 1998 e 2000. Na disputa deste ano, que vai eleger o presidente da República, os governadores, os senadores e os deputados que assumirão em janeiro de 2003, o CPCP vai trabalhar com uma equipe de mais de 300 profissionais, envolvendo sociólogos, estatísticos, entrevistadores, supervisores e coordenadores. Na primeira pesquisa serão ouvidos 2 mil eleitores de todo o Estado.

Materiais, questionários e procedimentos estão sendo preparados e definidos de acordo com padrões que garantam a captação precisa das intenções dos eleitores, sem influências ou desvios.

Os entrevistadores serão divididos num total de 18 regiões. A escolha dos municípios ocorrerá mediante sorteio de acordo com o seu porte. O perfil dos entrevistados será definido levando em conta parâmetros relacionados à faixa etária, ao sexo e à escolaridade. A previsão é de que, até 6 de outubro, data do 1O turno das eleições, haja a realização de seis pesquisas de opinião pelo Centro de Pesquisa Correio do Povo.


Rolim classifica mineiro como volúvel e incoerente
A possibilidade de reaproximação de Itamar Franco com Fernando Henrique Cardoso não é uma certeza para o deputado federal Marcos Rolim, do PT. Ele considera o governador um homem de conduta volúvel, pragmático e incoerente. Por isso, não se surpreenderia com o novo relacionamento entre os dois. Itamar, na opinião de Rolim, é capaz de alterar o discurso caso vislumbre alguma vantagem importante.


Serra e Lula declaram os bens
O candidato da coligação PSDB-PMDB à Presidência, José Serra, declarou sexta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme exige a legislação, que tem bens no valor de R$ 603,7 mil. Ele é proprietário de uma casa em Ibiúna, município do estado de São Paulo, no valor de R$ 120 mil, parte de um lote no município paulista de Piracaia (R$ 44,4 mil), três lotes no Recanto City Anastácio (R$ 50 mil cada), quatro linhas telefônicas (R$ 1,5 mil), duas poupanças (R$ 141 mil e R$ 1,8 mil), um empréstimo a Verônica Serra (R$ 120 mil) e um veículo modelo Vectra, de 1999 (R$ 25 mil). A estimativa de gastos na campanha de Serra é de R$ 60 milhões.

A declaração de bens apresentada também na sexta-feira ao TSE pelo candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, soma R$ 422,6 mil. Ele tem três apartamentos em São Bernardo. Um desses imóveis está avaliado em R$ 189,1 mil e os outros dois em R$ 38,3 mil cada um. Lula informou ainda à Justiça Eleitoral que tem duas cadernetas de poupança. Uma com saldo de R$ 26,7 mil e a segunda com R$ 5,5 mil. Lula declarou também possuir aplicações financeiras (R$ 85,3 mil), além de um terreno em São Bernardo do Campo (R$ 5,4 mil). O candidato do PT tem um carro Blazer, de 1998 (R$ 34 mil). A estimativa é que o gasto da chapa de Lula chegue a R$ 36 milhões. Lula abriu sua campanha na manhã deste sábado, em São Paulo. Na sexta-feira, afirmou que, se for eleito, vai administrar com as organizações não-governamentais e implantará o Orçamento Participativo.


Suspense na relação do presidente com Itamar
O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e o governador de Minas, Itamar Franco, ensaiam a reaproximação. O primeiro sinal partiu de FHC, ao enviar, dia 28 de junho, cumprimentos pelo aniversário de Itamar. O governador retribuirá a lembrança comparecendo terça-feira, no Rio de Janeiro, à festa de oito anos do Plano Real. Políticos gaúchos comentam a possibilidade de o governador e FHC voltarem a se relacionar.


Terra acha que Fernando Henrique tolera críticas
Se depender de Fernando Henrique Cardoso, ocorrerá a reaproximação com Itamar Franco. Foi o que previu o deputado federal Osmar Terra, do PMDB. Ele definiu FHC como homem tolerante, de boa vontade, que não guarda rancores e deixa de lado as críticas, acreditando que fazem parte do jogo político. Terra disse que o presidente jamais resistiu à idéia de voltar a conversar com o governador e até deseja oportunidade para que isso aconteça.


Artigos

Exemplo que vem do oriente
Victor Faccioni

A Copa do Mundo 2002, que deu o penta ao Brasil, fez-nos olhar muito para a Coréia do Sul e para o Japão. Seus belos estádios, a organização, os investimentos encantaram a todos, além das lições do Felipão: disciplina, auto-estima, espírito de equipe. Mas como chegaram lá? O Japão, em 1872, ao querer alcançar as nações do Ocidente, inseriu no seu Código Fundamental de Educação: 'Não haverá nenhuma comunidade com uma família analfabeta e nem família com pessoa analfabeta'. Kido Takayoschi, líder da reforma japonesa, justificava o esforço do país na área da educação básica: 'Não somos diferentes dos norte-americanos ou dos europeus. Tudo é questão de educação ou falta dela'. Em 1910, o Japão estava quase todo alfabetizado e, em 1913, apesar de ser muito mais pobre do que a Grã-Bretanha, publicava mais livros do que o Reino Unido e os EUA. China, Taiwan e Coréia do Sul seguiram o mesmo caminho. Exemplos que vêm do Oriente e do penta do Felipão.

Como se explica, então, o rápido progresso desses países? Os analistas reconhecem que, se de um lado muito contribuiu a disposição deles de fazer bom uso da economia global de mercado, o fator decisivo, no entanto, foi o saber ler e escrever que a população aprendeu na sala de aula. Fabricar coisas com especificações técnicas sofisticadas pressupõe um grau básico de instrução que garante, inclusive, uma melhor qualidade de vida pessoal. Povo educado pode também fazer melhor uso das oportunidades democráticas do que um com maioria analfabeta. Já na África e em países do Terceiro Mundo, cerca de 40% das crianças na idade escolar não têm acesso à educação. Segundo dados da Unesco, há mais de 125 milhões de crianças no mundo que nunca estiveram numa sala de aula.

No ensino superior, de acordo com o IBGE, o Brasil tem apenas 7,8% de seus jovens de 18 a 24 anos. No Chile, no México e na Argentina, esse índice ultrapassa 30%, enquanto na Coréia do Sul chega a 88%. Gigantesca diferença que deve fazer pensar, ainda mais quando o desenvolvimento de um país exige, hoje, parcela maior da população com instrução superior. Assim, se ler e escrever abre portas privilegiadas para o progresso de uma nação, a universidade forma os líderes que irão conduzir o seu destino.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

VONTADE DE SE APROXIMAR
O que o Correio do Povo publicou a 11 de junho de 1994: 'O candidato Luiz Inácio Lula da Silva tentou afastar ontem, na reunião-almoço da ADVB, em Porto Alegre, o medo e o preconceito que o empresariado gaúcho possa ter em relação à sua candidatura. Ele contou histórias, descontraiu a platéia e lembrou a rejeição ao seu nome entre empresários. 'Dizem até que eu como criancinhas', brincou. (...) 'Queremos desmistificar essa imagem, que não é verdadeira, e que existiu em 1989'. Lula disse não entender por que assustava os empresários na eleição passada'. É a notícia. Portanto, a coligação de Lula com o Partido Liberal não deve estranhar. Vinha preconizando a aproximação há oito anos sem que muitos tenham se apercebido.

DISPUTA
Dirigentes de partidos ligam do Interior reclamando que candidatos de Porto Alegre não podem dizer que abriram o 1O comitê. Os deles funcionam há mais de um mês. Se a Justiça Eleitoral descobre, multa.

MAIS UM
Basta somar o que o Brasil enfrentou nos últimos anos: crises asiática, russa, mexicana e atentado de novembro que parou a economia mundial. O país sobreviveu. O sufoco atual deverá ser superado.

CONTRA E A FAVOR
O Executivo mandou à Câmara, na semana passada, o veto total ao projeto que cria a Secretaria Municipal da Segurança Pública. Alegou 'razões de mérito administrativo'. O autor do projeto, vereador Nereu D'Ávila, garante que o veto será derrubado porque nenhum dos 19 que votaram a favor voltará atrás. A apreciação em plenário deverá ocorrer até 18 de agosto, dia em que as galerias vão lotar mais uma vez.

OBSERVADOR
Chegou na manhã deste sábado convite de Duda Mendonça, com aval da direção nacional, para que o PT gaúcho indique um marqueteiro que participará de reunião em Brasília na 2a quinzena. Incluirá representantes de todos os estados. Avesso à condução do mago, o RS comparecerá para olhar de soslaio.

ROMPIMENTO
O que precisa acabar no Congresso Nacional: famosa chacrinha. Não mais do que duas dúzias de parlamentares decidindo pelo resto.

DINHEIRO EM CAIXA
A governadora do Rio, Benedita da Silva, está com 50% do 13O salário do funcionalismo garantido. É resultado da redução de juros e multas do ICMS dos que saldarem dívidas. O projeto foi aprovado pela Assembléia e ela aconselha demais governadores que façam o mesmo.

DOS LEITORES
- Lúcia Costa: 'Será que depois de tantos anos como chapa branca o PFL saberá voltar à auto-escola?'.
- Eneida Ferreira: 'Li em jornal de São Paulo que o MST constrói uma escola no interior daquele estado para 'formar lideranças para a criação de uma sociedade justa e igualitária'. Sabemos o que é isto: perigo à vista e comunização'.

- Ari Col: 'Não é culpa do FMI. Argentina ruiu porque maus políticos arrombaram os cofres públicos'.
- Rivo Fischer: 'O leitor Ricardo Santilli quer saber que delito existe em agitar a bandeira de Cuba no Piratini. Certamente não há, tanto que ninguém até agora atentou contra. Também não há delito em construir um relógio para comemorar a descoberta do Brasil ou abrir uma lancheria McDonald's, mas pessoas com a mesma ideologia do sr. Santilli atentam contra. Por que a diferença?

APARTES
Candidatos na rua, painéis, abraços, santinhos, panfletos. Começou.

Santa Catarina tem seis candidatos ao governo. Minas, idem. Número razoável para os debates.

Direção nacional do PT passa fim de semana no apaga-incêndio. Setores do partido lançam fogo contra o PL.

A partir de 11 de agosto, a TV Justiça vai transmitir os principais julgamentos direto de Brasília.

Técnicos-científicos do Estado irão promover debate com os candidatos ao governo do Estado a 6 de agosto.

Mudou: já não somos pentacampeões apenas na taxa de juros.

Não há nada mais ultrapassado do que bancar papagaio de pirata de jogadores. Ainda mais com taça na mão.

Luís Favre, cujo perfil lembra um granadeiro de Napoleão Bonaparte, saiu do mapa. De fininho.

Tem aquela célebre declaração de político apelidado de Sabe-Tudo: 'Minha preocupação não é com o meio ambiente e sim com o ambiente todo'.


Editorial

RISCO PERTURBADOR

Até quando o Banco Central terá capacidade de intervir diariamente no mercado cambial, como vem fazendo, para segurar o valor do dólar? Trata-se de operação similar à que costumam fazer os hospitais com o sangue, sob o mesmo risco de que repentinamente os doadores, por qualquer razão, se retraiam e não criem reservas disponíveis. O BC anunciou quarta-feira, 3, o plano de retomada das intervenções diárias adotada quando a Argentina acendeu, ano passado, as luzes vermelhas de perigo. Temeu-se aqui o contágio. Mas posteriormente, diminuídas as tensões, o procedimento foi suspenso. A retomada, divulgada pelo diretor da Carteira de Política Monetária, Luis Fernando Figueiredo, elimina dúvidas sobre o retorno do perigo: a disparada do dólar nos últimos dias, chegando ao pico de R$ 2,94 na abertura, terça-feira passada, foi o sinal.

Investidores estão retendo seus estoques de dinheiro americano apostando em mais altas, ao governo restando o único caminho de entrada no mercado de câmbio. Gastará quantia ao redor de 1,5 bilhão de dólares durante este mês, dinheiro sacado das reservas internacionais do país, necessárias a outras destinações. Diante da contingência, volta a pergunta inicial: até quando será possível ao BC realizar esse tipo de socorro ao câmbio sem prejuízo das reservas, necessárias ao fluxo do comércio exterior? Pergunta inquietante, como é fácil deduzir. Até o dia 5 gastou-se diariamente o montante de 100 milhões de dólares, rebaixado pela metade até o final do mês corrente. É perda substancial de recursos, capaz de afetar a economia do país.

Enquanto tal acontece, há gente do governo e há candidatos à Presidência e ao parlamento falando em terrorismo financeiro praticado pelas forças oposicionistas quando se referem à situação brasileira. Há causas de várias espécies para a crise, desde a situação argentina (diminuíram drasticamente nossas exportações para Buenos Aires) como os juros altíssimos impedindo investimentos rentáveis e financiamentos para importação de matérias-primas necessárias ao nosso parque fabril. O risco Brasil, ainda que em certos casos avaliado com demasiado pessimismo, é, infelizmente, perturbador.


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07/07/2002


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