ACERVO DO SENADO SERÁ ABERTO AO PÚBLICO

Um acervo que vale mais de 2,1 milhões de dólares, com trabalhos de artistas como Di Cavalcanti, Debret, Djanira, Carlos Scliar, Rebolo, Burle Marx, Aldemir Martins e Portinari, entre muitos outros, será disponibilizado ao público que visitar o Senado. "Vamos colocar as obras nas alas Nilo Coelho e Alexandre Costa. Este é um patrimônio de todos os funcionários da casa", afirma Paulo Afonso Lustosa de Oliveira, diretor da Secretaria de Informação e Documentação. Nos gabinetes ficarão apenas cópias do acervo.
As obras estão sendo recatalogadas e restauradas, e como resultado será editado um livro sobre o acervo, com capa de Oscar Niemeyer. A avaliação das obras artísticas, antes esquecidas, foi feita pelo professor de arte Moreira de Azevedo, a pedido da Secretaria de Informação e Documentação (SID). Ao todo são 410 itens, entre gravuras, tapeçaria e xilogravuras. Mas o forte são mesmo as pinturas.
Espalhadas por diversos setores e gabinetes, ou simplesmente encaixotadas, muitas delas estavam se deteriorando. "A maior parte do acervo foi reunido durante a presidência do senador Petrônio Portela (1973/74). O senador gaúcho Guido Modin também fez muitas doações", lembra Paulo Afonso.
De acordo com ele, o maior problema foi localizar cada uma das obras, o que tem sido feito através de levantamento em todas as dependências do Senado. Faltam ainda cerca de 30 itens. O objetivo da secretaria, além de disponibilizar o acervo, é a preservação. 252 obras foram enviadas para o Museu Histórico Nacional para restauração. Dezessete destas, porém, estavam tão danificadas que não puderam ser restauradas.

15/05/2000

Agência Senado

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