ACM CRITICA 2º TURNO ELEITORAL
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse hoje (dia 23), em entrevista à rádio Eldorado de São Paulo,ser contra o segundo turno eleitoral, porque não considera esse dispositivo "uma conquista democrática" para a escolha de ocupantes de cargos executivos.
No entender do senador, o segundo turno gera mais injustiça do que justiça. Ele cita como exemplo um candidato que consegue 49,5% dos votos no primeiro turno e é derrotado no segundo turno pela união de todos os outros candidatos que tiveram 10%. "É justiça isso? É a vontade do eleitor ou é o conchavo político que vai prevalecer?", questionou.
PLANOS DE SAÚDE
O senador também afirmou que "estão enganando o povo brasileiro" na questão dos planos de saúde. Ele disse que o país precisa é "dar o máximo de saúde a seu povo".
A seu ver, é necessário, em primeiro lugar, tratar das endemias, das epidemias, das doenças mais comuns, em vez de se cuidar de coisas mais sofisticadas, como tomografias computadorizadas, aparelhos mais caros. O senador lamentou o abandono da figura do médico de família.
CONGRESSO
Reportando-se ao acordo feito com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer, visando à criação de um grupo de trabalho, comum às duas Casas, destinadoa fazer o diagnóstico das medidas necessárias à agilização da atividade parlamentar, o presidente do Senado explicou que o objetivo é tornar a instituição mais ágil - "à medida que um projeto demora seis, sete anos, é uma falência do órgão" - para corresponder ao que dela espera a sociedade brasileira.
ELEIÇÕES
A respeito das próximas eleições presidenciais, o senador reafirmou sua convicção de que o presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje, é o favorito, e que vê a oposição sem um programa alternativo, uma proposta a apresentar à sociedade brasileira.
Antonio Carlos, no entanto, tem algumas críticas ao estilo do presidente da República - "ele demora a decidir" - e acha que o chefe do governo tem de enfrentar o desafio de manter a inflação baixa, e também encontrar saídas para o desemprego. "Encontrando uma saída para o desemprego e sendo mais rápido nas decisões, evidentemente ele ficaria mais ao meu gosto", disse.
23/10/1997
Agência Senado
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