ACM critica os gastos do governo com publicidade
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (4), os gastos do governo federal com publicidade. Ele citou matéria publicada pelo jornal O Globo no domingo, segundo a qual tais despesas somaram R$ 337,2 milhões entre janeiro e outubro deste ano - ou seja, justamente durante o período eleitoral.
Segundo o jornal, isso representou um aumento de 52% acima da inflação quando comparado com os gastos do governo federal em 2002. Naquele ano, o candidato governista era José Serra (PSDB). Essas informações, destacou O Globo, foram apuradas pela consultoria técnica de orçamento da liderança do PFL, a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Ainda citando O Globo, Antonio Carlos ressaltou que, em relação a 2005, os gastos do governo federal com publicidade cresceram 38,1% acima da inflação nos dez primeiros meses do ano. De acordo com o jornal, isso teria ocorrido mesmo com as restrições impostas pela lei eleitoral à publicidade institucional e a outras formas de propaganda oficial.
Carta Capital
O senador também criticou o jornalista Mino Carta, diretor de redação da revista Carta Capital, cuja capa da última edição apresenta a manchete "O colapso carlista na Bahia".
- Ele se vende cinicamente ao governo - acusou ele.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) divergiu tanto das críticas feitas por Antonio Carlos ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva quanto das que se referiam a Mino Carta. Quanto a este último, Suplicy afirmou que o conhece pessoalmente e que ele "é um dos principais jornalistas do país".
04/12/2006
Agência Senado
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