ACM diz que não enviou soldados contra manifestantes em campanha pelas eleições diretas



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) pediu a transcrição nos Anais do Senado de matéria publicada no último domingo (25) pelo jornal O Estado de S. Paulo, que corrige reportagem publicada no sábado anterior, sobre sua participação em episódio contra militantes da campanha Diretas Já, na Bahia. Segundo o jornal, Antonio Carlos, na época governador, teria ordenado que tropas de soldados acompanhados por cães atacassem e contivessem participantes de comício do PMDB pela campanha das eleições diretas.

Em sua edição desta segunda-feira (26), informou Antonio Carlos, o jornal retificou a informação, demonstrando que não foi no seu governo, mas no de seu sucessor, Roberto Campos, que o fato ocorreu, portanto, não em 1973 como foi publicado, mas em 1977.

Antonio Carlos disse que em seu governo o que ocorreu foi a abertura do primeiro congresso da União Estadual dos estudantes, "contra a vontade do governo federal". O senador acrescentou que não estava renegando o regime militar, por acreditar que "muita coisa boa foi feita naquele período", embora tenham ocorrido muitas outras que "não deviam ter sido feitas". Ele lembrou que o regime implantado em 1964 teve o apoio da população civil, assim como também o teve o movimento pelas eleições diretas, que derrubou o regime.

O senador lamentou que seu sucessor no governo da Bahia, Roberto Santos, tenha ordenado a intervenção contra os militantes civis. Ele afirmou que suas administrações foram marcadas pelo apoio popular e pelo progresso na Bahia e sustentou que governou com autonomia durante o regime militar.



26/04/2004

Agência Senado


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