ACM diz que viveu maior momento de sua vida pública



Em resposta aos inúmeros pronunciamentos de deputados e senadores que o saudaram, nesta quarta-feira (dia 7), pelo trabalho realizado na última legislatura, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães afirmou, emocionado, que viveu, na sessão, talvez o maior momento em seus quase 50 anos de vida pública. Ele salientou, ao fim da votação desta quarta-feira - a última sob sua presidência -, em que recebeu diversas manifestações de apreço e admiração de parlamentares de todos partidos políticos, que tamanho reconhecimento foi uma experiência inesquecível. "Eu sempre me lembrarei disto", disse.

Antonio Carlos revelou que a memória de seu filho, Luís Eduardo Magalhães, ex-presidente da Câmara dos Deputados, tem sido sua inspiração na luta pela independência do Congresso e em defesa dos interesses da Bahia e do Brasil. "Tenho honrado a memória do meu filho, para que seu nome fique cada vez mais forte", afirmou o senador.

O senador desculpou-se pelos eventuais "agravos desnecessários" que tenha cometido contra alguns parlamentares, mas afirmou que, apesar de reconhecer seus próprios defeitos, considera positivo o período em que presidiu o Congresso. "Procurei servir, sem me servir do cargo, e convivi igualmente com o governo e a oposição", afirmou, lembrando o exemplo de "convivência e coragem" que aprendeu de Luís Eduardo. "Nada me pesa na consciência, apesar de que devo ter cometido muitos erros. Nenhum deles, porém, foi por falta de interesse de bem servir ao país", declarou.

O senador manifestou apreço pelo deputado Haroldo de Lima (PC do B-BA), que apesar de ter sido preso durante a seu mando, quando governava a Bahia, durante o regime militar, afirmou não ter ressentimentos contra Antonio Carlos. "Já naquela época, Haroldo era competente, lutador e idealista, realizando o maior quebra-quebra daquele período, por se opor ao regime", lembrou. Antonio Carlos agradeceu ainda ao senador Hugo Napoleão (PFL-PI), que falou em nome de seus correligionários, e a todos os líderes partidários. "Em vez de um anoitecer, para mim esta sessão do Congresso está sendo uma alvorada. Agradeço em meu nome e no de Luís Eduardo, pois somos uma só pessoa", concluiu.

07/02/2001

Agência Senado


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