Agripino diz que aprendeu com Dinarte a maior lição de sua vida pública



Durante a homenagem que o Senado prestou nesta quinta-feira (14) ao ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz, o senador José Agripino (PFL-RN) disse que foi Dinarte quem lhe ensinou a maior lição que aprendeu durante sua vida pública: a de que é necessário agregar e somar para vencer uma eleição, mas, na hora de governar, tem que fazê-lo ao lado daqueles nos quais confia do ponto de vista ideológico, ético e pessoal.

- Meu maior patrimônio político não são as obras que fiz como governador do Rio Grande do Norte duas vezes, mas é a probidade que o povo do meu estado entende que eu sou proprietário. E isso aprendi com Dinarte, porque ele foi um homem probo, um homem que foi rico e que, se não morreu pobre, também não se pode dizer que morreu rico - afirmou José Agripino.

Como demonstração de que a honestidade era uma característica de Dinarte Mariz, José Agripino destacou que foi o ex-líder potiguar, quando governador do Rio Grande do Norte, que instalou o Tribunal de Contas do Estado, com o objetivo de fiscalizar as contas do governo. Na mesma gestão, acrescentou Agripino, Dinarte construiu institutos de educação nos municípios de Caicó e Mossoró e instalou a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

José Agripino lembrou que ainda menino, com 10 anos de idade, conheceu Dinarte Mariz, que era correligionário do seu pai, Tarcísio Maia. Foi durante a campanha para governador do Rio Grande do Norte de 1955. Vencedor do pleito, registrou Agripino, Dinarte pediu que Tarcísio Maia escolhesse qual secretaria de estado gostaria de ocupar. A opção foi pela Secretaria de Educação.

Depois de cumprir um mandato de prefeito de Natal, indicado pelo então governador do estado, Lavoisier Maia, José Agripino disse que foi cotado para concorrer ao governo estadual, em 1982. A princípio, comentou, Dinarte foi contra, por entender que o adversário, Aluisio Alves, utilizaria o fato de os dois governadores anteriores (Lavoisier e Tarcísio) pertencerem à família Maia, o que poderia caracterizar que uma oligarquia estaria comandando o Rio Grande do Norte.

Com a divulgação das pesquisas de opinião pública que o apontaram como o nome mais forte do grupo político ao qual Dinarte pertencia, continuou Agripino, o ex-senador resolveu aprovar a indicação e participou ativamente da campanha vitoriosa de Agripino.

Em aparte, o senador Marco Maciel (PFL-PE) afirmou que Dinarte Mariz foi um homem generoso que tinha como uma de suas principais características o amor à sua terra. Ele declarou que, apesar de telúrico, o ex-senador tinha uma visão ampla do mundo e ajudou muito o Rio Grande do Norte e o Nordeste em todas as funções públicas que ocupou durante a sua vida.



14/08/2003

Agência Senado


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