ACM foi fiel a si mesmo, diz Papaléo



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) afirmou nesta quarta-feira (8), em Plenário, que o senador Antônio Carlos Magalhães consolidou a imagem de alguém fiel a si mesmo, à Bahia e à vida política. A avaliação foi feita durante sessão especial realizada em memória do senador baiano, falecido no último dia 20, em São Paulo, em decorrência de insuficiência renal e cardíaca.

- Poucos homens públicos viveram tão intensamente o caminho que escolheram trilhar. No caso de ACM, a opção pela política foi visceral. Fez-se médico para atender ao desejo do pai, mas a paixão pela vida pública nele sempre falou mais alto. Exercendo-a, manteve, do princípio ao fim, notável coerência, do jovem deputado estadual baiano, eleito em 1954, ao senador no auge da maturidade, em 2007 - avaliou.

Em seu discurso, Papaléo destacou a trajetória política de Antonio Carlos, ressaltando que o parlamentar baiano sempre soube compreender o contexto histórico em que atuava.

- Ao chegar à Câmara Federal pela legenda da UDN, nas eleições de 1958, entendeu o sentido do governo dinâmico e transformador de Juscelino Kubitschek. A diferença partidária, mesmo integrando o partido que mais ferozmente combatia o presidente da República, não impediu que dele se aproximasse e, nesse sentido, ofereceu seu apoio ao extraordinário ímpeto realizador de JK - recordou.

Papaléo enfatizou que Antonio Carlos foi um político "destemido e incapaz de fazer uso de linguagem dissimulada ou de esconder seus sentimentos", lembrando da atuação do senador baiano em relação às matérias discutidas no Senado.

- Ficam, sobretudo do ACM senador, algumas cruzadas às quais se dedicou por inteiro. Entre elas, a luta contra as mazelas do Poder Judiciário, de que resultou a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito; a persistente defesa da adoção do orçamento impositivo, por ele entendido como única forma de equilibrar os poderes do Estado, realçando o papel do Legislativo; e o esforço por dotar o país de consistente política de segurança pública, que tanto marcou sua passagem como presidente da Comissão de Constituição e Justiça - disse.



08/08/2007

Agência Senado


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