ACM INAUGURA FÁBRICA DE SOFTWARE PARA PROTEGER SENADO DO BUG DO MILÊNIO



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, inaugurou hoje (dia 17) a Fábrica de Software e o Laboratório Vivo do Legislativo, iniciativas do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) que têm como objetivo proteger o Congresso Nacional dos problemas decorrentes do bug do milênioe contribuir para o aprimoramento das atividades legislativas, tanto em termos de eficiência quanto de redução de custos.

Depois de visitar as instalações da Fábrica, em companhia dos senadores Geraldo Melo (PSDB-RN), Júnia Marise (PDT-MG), Lúcio Alcântara (PSDB-CE), Djalma Bessa (PFL-BA) e Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), o senador Antonio Carlos Magalhães destacou que aquela unidade será um instrumento de apreciação das atividades do Legislativo e local onde "vão se processar as grandes reformas, inclusive as administrativas, do Senado e também do Congresso Nacional". Ele fez questão de parabenizar os servidores do Prodasen e destacar que "merece aplauso" o trabalho desenvolvido pela diretora-executiva do Centro, Regina Célia Peres Borges, e pelo diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia.

Com mais de 3 mil micros interligados em rede ao computador central, o Prodasen vai se apoiar nas 18 estações de trabalho da fábrica e seus quase 70 softwares, para reorientar sistemas e processos de trabalho na área do Legislativo, otimizando recursos humanos e infra-estrutura, reduzindo custos e melhorando a produtividade. O Laboratório Vivo do Legislativo, baseado na tecnologia da Fábrica de Software, teve sua sua criação motivada pela necessidade de solucionar em tempo hábil o problema do "bug" do milênio, que deverá prejudicar o funcionamento dos programas de computador na virada de data para o ano 2000.

GANHA O CIDADÃO 

Também falando durante a solenidade, o 1° vice-presidente do Senado, Geraldo Melo, enfatizou a importância da Fábrica pela possibilidade de trazer ganhos reais para o cidadão. Referindo-se aos servidores do Prodasen, afirmou: "Estejam certos de que estão ajudando a construir o Congresso do futuro, que espero seja capaz de entender o mundo novo que está nascendo, capaz de transformar as conquistas da tecnologia em ganhos reais que possam chegar à casa das pessoas na forma de maior bem-estar e de maior felicidade".

Já o1° secretário do Senado, Ronaldo Cunha Lima, afirmou que "o Senado, sob o comando do senador Antonio Carlos Magalhães, dá um passo para o futuro" ao inaugurar a Fábrica de Software. Para Ronaldo Cunha Lima, "o mundo segue célere, e acompanhá-lo exige um processo contínuo de atualização e aprimoramento das instituições, sejam públicas ou privadas".Ele ressaltou que "o Senado acompanha o seu tempo e, até mesmo, ouso afirmar com orgulho, se adianta, ao disponibilizar os mais modernos recursos tecnológicos ao seu desenvolvimento operacional".

Por sua vez, a diretora executiva do Prodasen, Regina Célia Peres Borges, destacou a possibilidade de o cliente buscar, na Fábrica, soluções para seus problemas, pois é o servidor do Senado que vai definir quais as melhores rotinas para o seu processo de trabalho. Somente depois do aprimoramento do processo de trabalho, com a participação direta do servidor, é que serão produzidos os softwares. "Nós não só descobrimos uma grande tecnologia para acelerar o desenvolvimento do Senado Federal, fomos além: esse processo antes de cuidar da informatização do sistema, cuida da saúde da organização", afirmou Regina.

ROTINAS SIMPLES

A Fábrica de Software do Senado permite que o usuário construa, em ambiente virtual, todo o seu processo de trabalho, desmembrando os processos complexos em rotinas simples. Com o conjunto de sua rotina representado graficamente nos computadores da Fábrica, o usuário pode realizar simulações, identificando gargalos e ociosidades até atingir um processo otimizado de trabalho.

A segunda etapa do trabalho da Fábrica é a produção propriamente dos softwares, que irão automatizar partes ou todo o processo definido pelo usuário. Esta produção de programas de computador é feita de maneira semi-automática devido ao elevado grau de detalhamento conseguido na primeira etapa e pelo funcionamento da Fábrica em linha de montagem.

O QUE É O "BUG" 

O bug do milênio é como convencionou-se chamar um conjunto de problemas que surgirão nos computadores na virada do século. Por economia de espaço nas memórias dos computadores, os campos referentes às datas nos programas de informática foram sempre definidos com dois dígitos, os números referentes às dezenas. Logo, nos programas, 1945 era identificado pelo número 45, 1998 pelo 98 e assim por diante. Sempre é acrescido o 19 na leitura dos campos de data. Portanto, o zero zero do ano 2000 vai significar 1900 - um século de diferença. Podem-se imaginar as conseqüências para os programas que utilizam data para processar outras informações. Por exemplo, programas de cálculos de juros, folhas de pagamentos, andamentos de processos, só para ficar em alguns exemplos. 

Mais informações no site do Senado Federal: http://www.senado.gov.br/web/fabrica/lvl.htm



17/06/1998

Agência Senado


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