ACM: "Jornal do Brasil" enfrentou problemas por ser independente
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) lembrou nesta quarta-feira (18) as qualidades do falecido jornalista Manoel Francisco do Nascimento Brito, que por muitos anos presidiu o Jornal do Brasil. Além de ter modernizado gráfica e editorialmente o jornal, Nascimento Brito manteve o veículo numa linha de independência que até lhe trouxe dificuldades.
Antonio Carlos revelou aos senadores relato de conversa mantida durante o regime militar entre a condessa Pereira Carneiro, então proprietária do JB, e o presidente da República, Costa e Silva, que se indispusera com o jornal. À ponderação da condessa de que o órgão fazia "críticas construtivas", Costa e Silva reagiu dizendo que só queria "elogios".
Falando em nome do PFL e em seu próprio nome, o senador baiano recordou a grande amizade que manteve com Nascimento Brito, considerado pelo parlamentar como um cavalheiro, e sua família. Antonio Carlos contou também que foi uma fonte freqüente da coluna "Informe JB", ao tempo em que era escrita pelos jornalista Elio Gaspari e Marcos Sá Correia.
Em aparte, o senador Marco Maciel (PFL-PE) considerou "oportuna" a homenagem do Senado a Nascimento Brito e lembrou que sem o jornalista não teria sido concluído o Museu da Imagem e do Som (MIS), localizado no Rio de Janeiro. Para o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o Jornal do Brasil é um exemplo de coragem e serviços prestados, não apenas ao Rio, mas ao país, o que justifica o "Brasil" de seu nome.
18/02/2004
Agência Senado
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