ACM: ORÇAMENTO SÓ SERÁ VOTADO COM RECURSOS PARA SALÁRIO MÍNIMO
- Não votamos o Orçamento se não houver recursos para o aumento do salário mínimo. Essa tem que ser a nossa posição. Esse é um compromisso que estou lançando publicamente - afirmou Antonio Carlos aos dirigentes da Força sindical.
Os sindicalistas participaram da marcha que chegou nesta terça-feira (dia 21) a Brasília e pediram a Antonio Carlos que marque audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso para que receba uma comissão de trabalhadores com objetivo de negociar, além do aumento do salário mínimo para R$ 180, o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da Força sindical também apresentou a Antonio Carlos a proposta da entidade para o pagamento do FGTS expurgado durante a vigência do plano Collor. Na sua avaliação, a dívida da União com a grande maioria dos 50 milhões de trabalhadores que têm direito à correção é pequena e o governo tem que pagar o que deve como qualquer trabalhador faria, ou seja, vendendo bens de sua propriedade para quitar a dívida. Entre os bens da União que podem ser alienados, o sindicalista citou ações de estatais e até terras públicas.
- O Congresso tem que encontrar e o governo tem que disponibilizar os recursos para pagar os R$ 180. Essa posição do presidente do Congresso tem total respaldo nosso. O governo vai ter que dar o aumento do salário mínimo dessa vez. Agora não tem pra onde escapar. Com a pressão da opinião pública, o Congresso não vai ser mais enrolado. Se o governo pagar para ver ele vai ser derrotado - afirmou Medeiros à saída do encontro, que teve a participação dos deputados federais Paulo Octávio (PFL-DF) e João Hermann (PPS-SP).
21/11/2000
Agência Senado
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