ACM: PROBLEMAS PIORARAM SEM LUÍS EDUARDO E SÉRGIO MOTTA



Os problemas do Brasil pioraram depois da morte de Luís Eduardo Magalhães e Sérgio Motta, disse nesta terça-feira (dia 25) o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, ao final da sessão solene em que foram lembrados os dois anos de morte do Presidente da Câmara dos Deputados e do ministro das Comunicações. Para Antonio Carlos, o País sente ainda a falta dos dois homens públicos, mas "não deve esmorecer".Segundo o Presidente do Senado, seu filho Luís Eduardo e Sérgio Motta formavam, juntamente com o presidente Fernando Henrique Cardoso, um círculo de amizade fraterna que se refletia também no campo político.Rememorando os fatos que antecederam a morte de Luís Eduardo, o presidente do Senado disse que passou no hospital Santa Lúcia, onde o filho morreu, os piores momentos de sua vida. Ao ver Luís Eduardo no leito do hospital, ele disse ter lembrado que esse mesmo filho o acompanhara durante o período em que ficara internado no Instituto do Coração, em São Paulo."Ele ficou ao meu lado 40 dias, sem sair um momento, para salvar a minha vida. E eu fiquei quatro horas com ele, para vê-lo falecer", lastimou o senador. Para ele, aquele foi um dia marcado por imagens terríveis de dor e sofrimento. Ele lembrou ainda ter visto o atual chefe do gabinete Civil, Pedro Parente, que na sessão representava o presidente da República, entrar no hospital tomado pela angústia. Antonio Carlos referiu-se às manifestações de solidariedade que tem recebido desde então. "Lembro da solidariedade que não faltou dos meus colegas do Senado, que me deram força, até hoje me dão, e eu diria até que me deram sobrevida, todos sem exceção", disse. Tão importante quanto isso, para ele, é também ver a memória de Luís Eduardo reverenciada em todo o Brasil e não só na Bahia, "onde o seu nome circula com grande intensidade, como se vivo estivesse, pelo exemplo que oferece à sua geração". Na opinião do presidente do Senado, Luís Eduardo tinha tudo que um homem pode ter para o êxito, mas o destino cortou a sua trajetória. Referindo-se à figura do filho e de Sérgio Motta, ele disse que a falta de ambos ainda hoje é sentida, mas observou que o Brasil não deve esmorecer. Depois de reconhecer que os problemas brasileiros ficaram maiores, afirmou que nossa coragem e determinação "têm que torná-los menores, para que o Brasil alcance o seu grande destino". Antonio Carlos Magalhães também disse apreciar ver um homem orgulhar-se de seu país, mas disse gostar mais ainda de ver um homem viver de tal maneira que o país também se orgulhe dele. "É o que eu sinto hoje e é o que o Brasil também sente - orgulho de Sérgio Motta e principalmente de Luís Eduardo Magalhães".

25/04/2000

Agência Senado


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