ACM reafirma denúncias e pergunta se governo não vai demitir assessores jurídicos do DNER
- Quem foi punido pelos abusos cometidos? É um mistério a ser desvendado - diz.
Antonio Carlos Magalhães lamenta que o secretário-geral da Presidência da República, ministro Aloysio Nunes Ferreira, "figura tão responsável" e que "soube agir com coragem em momentos tumultuados de sua militância política", passe agora "a ser um locutor, e pior, de inverdades". A nota do Palácio foi assinada por Aloysio Ferreira.
A afirmação da nota palaciana de que o presidente Fernando Henrique não foi contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bancos é contestada por Antonio Carlos Magalhães. "O governo sempre foi contra a CPI do Sistema Bancário. E a do Judiciário, que ele não era contra, passou a não apoiar, para inviabilizar o funcionamento de ambas", sustenta.
O ex-presidente do Senado reafirma que o presidente Fernando Henrique Cardoso lhe disse, depois de ouvir do senador um relato sobre chamado "dossiê Cayman" (que depois foi considerado uma montagem falsa), a frase de que precisava demitir o então diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio.
Quanto à afirmação da nota do Palácio do Planalto de que o senador teria intercedido em favor do ex-prefeito Celso Pitta, que pleiteava um empréstimo do governo federal, Antonio Carlos Magalhães a desmente totalmente. "Jamais intercedi em favor da Prefeitura de São Paulo, como mentirosamente é afirmado na nota publicada", sustenta o senador.
- Causam espécie e interrogações as afirmativas dessa nota, que, num mesmo parágrafo, registra que eu pleiteei esse empréstimo, ou ajudei a pleiteá-lo e que a Diretoria do Banco do Brasil o considerou com uma operação vantajosa para a instituição. Quem pleiteava era o Sr. Paulo Maluf que, além de ter obtido o empréstimo, ganhou jantar e cafés da manhã - diz a nota do ex-presidente do Senado.
07/03/2001
Agência Senado
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