ACM VÊ DENÚNCIAS "DESMORALIZADAS" E QUER PRIORIDADE PARA VOTAR AJUSTE



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse nesta terça-feira (17) que as denúncias difundidas pela mídia sobre contas de autoridades em paraísos fiscais são "uma papelada desmoralizada". As investigações em torno do grampo telefônico envolvendo conversas entre o ministro das Comunicações e o presidente do BNDES, por outro lado, "estão entregues às autoridades competentes", acrescentou o senador, para quem as revelações feitas até agora não comprometem nem o ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, e nem o presidente do BNDES, André Lara Rezende.Na avaliação de Antonio Carlos, a prioridade do Congresso deve ser a votação das medidas que integram o Programa de Estabilidade Fiscal do governo. - Quando um país recebe um volume de ajuda externa da ordem de 42 bilhões de dólares, tem a obrigação de dar uma resposta positiva à comunidade internacional, sob pena de voltarmos à crise da qual estamos saindo graças à competência da equipe econômica - argumentou o senador. Na votação das medidas do ajuste, o presidente do Congresso quer rapidez, mas com "total respeito ao regimento".Com relação à movimentação da oposição visando à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do ministro e do presidente do BNDES no processo de privatização da Telebrás, o senador afirmou não ver razão para que se crie a CPI.-Em princípio, e até aqui, não vejo nada que comprometa a atuação ou a posição do ministro Mendonça de Barros. Antonio Carlos afirmou também que "o juiz disso é o presidente Fernando Henrique Cardoso".

17/11/1998

Agência Senado


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