Adelmir Santana afirma que a crise não será longa para o Brasil



Ao discursar nesta sexta-feira (19), o senador Adelmir Santana (DEM-DF) disse acreditar que a crise financeira mundial terá curta duração no Brasil, porque o governo Fernando Henrique deixou fundações firmes na economia e o governo Lula, além de preservá-las, tem tomado as medidas certas para enfrentar a crise. Entre as providências adotadas, citou as de "irrigar" o mercado com crédito, liberar os compulsórios dos bancos e autorizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a financiar o capital de giro das empresas.

Adelmir Santana, que participou no último dia 5 da Conferência de Investimentos de 2008, promovida pela Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos, disse que o Brasil conseguiu preservar a entrada de investimentos no país, apesar da crise econômica que atingiu o mundo. Segundo ele, serão US$ 39 bilhões em 2008, mais de 30% do fluxo de investimentos para a América Latina.

O senador pelo DF disse que, em 2007, o Brasil já havia batido recordes, atraindo US$ 35 bilhões, representando 1,9% dos investimentos mundiais e ocupando o terceiro lugar entre os países emergentes a receber capitais estrangeiros, atrás apenas da China, que recebeu 4,5%, e da Rússia, que foi destino de 3,3% do total.

Segundo Adelmir Santana, a melhor maneira de o Brasil manter a confiança dos investidores será cuidando da estabilidade da economia e da moeda, diminuindo os entraves burocráticos e investindo na promoção do país em feiras e exposições internacionais. A previsão é de que sejam investidos R$ 50 milhões nesses eventos em 2009, valor substancialmente mais do que em 2008, quando foram gastos R$ 20 milhões, destacou.

Para o senador, a previsão dos investidores estrangeiros presentes à Conferência do Rio de Janeiro é de que, até o final de 2009, os Estados Unidos sairão da crise e começarão a "levantar" as demais economias. Eles sabem que o Brasil vai desacelerar sua economia em 2009, mas acreditam que o movimento não será nem muito forte nem demorado, sendo um dos países emergentes que menos sentirão os efeitos da crise mundial, relatou.

Adelmir Santana disse esperar que o governo Lula mantenha o rumo que vem seguindo no combate à crise.



19/12/2008

Agência Senado


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