ADEMIR QUER ACHATAR A PIRÂMIDE SALARIAL NO BRASIL



A propósito do debate em plenário entre o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães e o líder do PMDB, Jader Barbalho (PA) sobre o aumento do salário mínimo, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) apresentou uma proposta para achatar a pirâmide salarial do país. "O mais justo será aprovar um aumento escalonado, maior para o salário mínimo e parcela do funcionalismo público que ganha pouco, conjugado com um aumento menor para quem ganha o teto", afirmou.Segundo Ademir, o que não se pode aceitar é a proposta em debate no Congresso Nacional em que o salário mínimo terá um aumento de 11%, passando de R$ 136 para R$ 151, enquanto o teto para o servidor público será fixado em R$ 11.500, o que implica num aumento de 69% para o Judiciário e 46% para o Legislativo, sem qualquer reajuste para o funcionalismo público em geral. "Onde fica a responsabilidade dos dois maiores partidos, o PMDB e o PFL? Como explicarão essa proposta injusta à população?", perguntou.Ademir conclamou o presidente Fernando Henrique Cardoso a ser forte para enfrentar a greve dos juizes e o presidente Antonio Carlos Magalhães a insistir, pelo menos, no mesmo índice de aumento para o mínimo e para o teto do servidor público. "Nos Estados Unidos, um deputado ou senador ganha US$ 6.000, enquanto o salário mínimo é de US$ 1.200. Uma cifra é cinco vezes a outra. Não dá para aceitar que, no Brasil, um congressista ganhe 87 vezes o mínimo", enfatizou.Para Ademir Andrade, o Congresso não deveria dar aumento a ninguém sem contemplar o funcionalismo público em geral, que está com salários congelados há mais de cinco anos. "O PSB se dispõe a aprovar qualquer proposta para o teto do serviço público, desde que o salário mínimo e os funcionários públicos que ganhem menos recebam um aumento maior", concluiu

29/03/2000

Agência Senado


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