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No mesmo dia 23, deverá ser analisado também o voto em separado apresentado pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que sugere apenas a aplicação de uma pena de censura verbal ao parlamentar pela Paraíba. Logo após a discussão do caso Suassuna, de acordo com nota à imprensa distribuída na tarde desta quarta-feira (8) pelo senador João Alberto Souza, presidente do Conselho, serão divulgados na sessão relatórios sobre representações feitas contra os senadores Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko.

Antes, no dia 21, pelo calendário divulgado pelo presidente do Conselho, acontecerá a oitiva do senador Magno Malta.

Suassuna, além dos senadores Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), estão sendo investigados pelo Conselho de Ética porque tiveram os nomes citados no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar. No entendimento dos membros do colegiado, há indícios ou provas de que eles tenham participado da máfia das ambulâncias. O esquema de fraudes foi criado com o objetivo de utilizar irregularmente recursos do orçamento da União para a compra de ambulâncias com preços superfaturados.

A pedido do senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo disciplinar contra Magno Malta, o Conselho de Ética também agendou a reunião para que o parlamentar pelo Espírito Santo possa ser ouvido a respeito das acusações de participação no esquema de fraudes: será no próximo dia 21, às 10h. Demóstenes também adiantou que, caso haja tempo hábil, poderá apresentar seu relatório sobre o caso no dia 23, logo após a votação do processo contra Suassuna.

- Até lá, pedirei uma audiência com o presidente do Banco Central [Henrique Meirelles] para tentar conseguir a cópia do cheque - explicou Demóstenes.

O senador Demóstenes referiu-se ao cheque que Luiz Antônio Vedoin, dono da empresa apontada como organizadora da máfia das ambulâncias, alega ter emitido para compra de um automóvel do tipo van que teria sido dada a Malta como pagamento, segundo Vedoin, para que o senador apresentasse emendas ao Orçamento para beneficiar o esquema de fraudes.

Já o senador Romeu Tuma solicitou que fosse marcada também oitiva da senadora Serys, que, segundo o corregedor, espera que seja dado rapidamente um desfecho ao processo envolvendo seu nome. No entanto, o presidente do colegiado, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), decidiu que, antes de marcar a data, tentaria ouvir o relator do processo, senador Paulo Octávio (PFL-DF), que não compareceu à reunião desta quarta.

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