Adolfo Lutz: mais de um século cuidando dos brasileiros
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A fusão do Instituto Bacteriológico com o Laboratório Bromatológico, instituições criadas há 108 anos, deu origem ao Instituto Adolfo Lutz, um dos mais renomados laboratórios científicos do mundo. ”Solenemente inaugurado o Adolfo Lutz”, proclamava a manchete do Diário de São Paulo, de 29 de outubro de 1940. Suas origens remontam a São Paulo do início do século, quando já elaborava pesquisas em febres e epidemias que assolavam a província. Um prédio neo-clássico, cuja planta foi assinada por Ramos de Azevedo, e que está sendo restaurado pelo Governo do Estado, abriga na Avenida Doutor Arnaldo, essa instituição que hoje é reconhecida no mundo inteiro. Sua sede está localizada numa área de 24 mil metros quadrados dentro do complexo da Secretaria da Saúde, formado pelas faculdades de Medicina e de Enfermagem, o Hospital das Clínicas, o Hospital Emílio Ribas e o Instituto do Coração (Incor). Possui uma biblioteca com mais de 50 mil publicações nas áreas de Bromatologia e Química, Biologia Médica e Patologia, além de um Centro de Memória com um grande acervo de equipamentos. A instituição conta com 11 laboratórios regionais no Interior e no Litoral. Com isso descentraliza seu trabalho para as regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Rio Claro, Bauru, Marília, Presidente Prudente e Taubaté. O Adolfo Lutz foi credenciado pelo Ministério da Saúde como Laboratório Nacional em Saúde Pública e Laboratório de Referência Macroregional. A importância dessa instituição científica do Governo do Estado de São Paulo para o país é incalculável. É referência nacional para o Controle de Qualidade Analítica de Micotoxinas e Resíduos de Pesticidas; Centro de referência nacional para Meningite; Coordenador Nacional do Programa de Monitoramento de Matérias Estranhas em Alimentos; Centro de Referência Nacional para Diagnóstico Laboratorial da Aids; e Centro Controlador da Organização Pan-Americana de Saúde, nas áreas de arbuvírus e vírus influenza. Realiza mais de 12 mil análises e diagnósticos por mês, além de fornecer 80 estágios nas áreas de biomédica farmacêutica e química. Além da reforma do prédio, o diretor geral, Dr.Cristiano Correia de Azevedo Marques, salienta que o Instituto já tem um programa de Qualidade. ”Basicamente o que pretendemos é a incorporação da biologia molecular como instrumento de trabalho”. Ele se refere à uma tecnologia de ponta, altamente científica e avançada. Azevedo Marques informa que o Governo do Estado vem bancando a reforma de toda a área física do Instituto. “Os investimentos liberados pelo Governo do Estado somam R$ 4 milhões”, informa. Lembra que por falta de uma política de saúde, o Instituto Adolfo Lutz enfrentou problemas na última década. “Esses problemas vem sendo solucionados no atual governo, graças à reavaliação dos conceitos de laboratório de saúde pública, à luz das reformulações da política sanitária implementada atualmente no Estado de São Paulo”, diz o diretor do Instituto. Mas, ressalva que tudo é feito sem deixar de lado a experiência científica acumulada ao longo dos anos. A Divisão de Biologia Médica do IAL, presta serviços na área de diagnóstico de doenças de notificação compulsória (difteria, meningite bacteriana, febre tifóide, leptospirose, etc). São também desenvolvidas na divisão, pesquisas de caráter técnico, científico e epidemiológico. A área de Bromatologia e Quí07/10/2000
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